Economia Titulo Previsão
Preços de produtos e serviços devem diminuir em 2009
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
30/12/2008 | 07:00
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Apesar da alta de 9,81% registrada pelo IGP-M ( Índice Geral de Preços-Mercado) neste ano, os preços dos produtos e serviços devem diminuir em 2009. Isso é o que estima Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas).

"Embora esta tenha sido a maior alta desde 2004, quando o IGP-M encerrou em 12,41%, a elevação do preço do petróleo (que triplicou neste ano) e das commodities (com a crise dos alimentos) durante o primeiro semestre de 2008. A partir de agosto, com a desaceleração econômica mundial, o preços já começaram a recuar e, com eles, os índices de inflação".

Com a crise financeira e a deflação agrícola e industrial pouco usual nessa época do ano, de acordo com Quadros, já é possível verificar fortes quedas de preços como reação ao cenário internacional.

O IGP-M serve de referência para o reajuste de aluguéis, tarifas - energia elétrica, por exemplo - e outros contratos. Portanto, a expectativa é que os valores cobrados pelos serviços sejam menores no ano que vem. Ele é composto pelo IPC (Índice de Preço ao Consumidor), IPA (Índice de Preços por Atacado) e INCC (Índice Nacional da Construção Civil).

O IPC obteve alta de 6,07% no ano, ante 4,64% em 2007. Em 2008, portanto, pesaram mais no bolso do consumidor os preços do tomate (112,84%), da carne moída (29,60%), do pão francês (21,58%), de material para reparos de residência (21,01%) e do aluguel (5,94%).

Segundo Quadros, os alimentos continuam pressionando quase que da mesma maneira que no ano passado. "A alta praticamente se manteve. Com a economia aquecida e o aumento da demanda, o que registrou elevação nos preços foram os serviços, como cabeleireiro, oficina mecânica, médico, aulas de inglês, refeições fora e passagens aéreas".

Em relação ao custo do tomate, o especialista explica que o item é bastante sensível ao clima e, como é perecível, qualquer oscilação gera grande perda e o preço dispara.

Já o preço dos aluguéis subiu porque "em época de expansão econômica a procura é maior, os reajustes são superiores e os inquilinos têm mais dificuldade em conseguir descontos". Os demais indicadores também obtiveram alta: IPA 10,84% e INCC 12%.




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