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Centro cultural de São Caetano sem local definido
Por Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
09/04/2009 | 07:00
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O setor cultural de São Caetano está em compasso de espera, já que as principais promessas feitas pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB) no período eleitoral ainda não têm prazos, locais e recursos definidos. Um dos principais itens do programa de governo do chefe do Executivo é a construção de um Centro Cultural, onde funcionaria um cinema popular.

À época da campanha para a reeleição, ele concedeu entrevista ao Diário em que se dizia inconformado com a demolição do Cine Colonial, referência artística da cidade. Na mesma ocasião, revelou que a Prefeitura pretendia construir o centro no local do antigo cinema.

Questionada a respeito do empreendimento, a secretária de Cultura Adriana Sampaio declarou que a administração planejou edificar a obra no terreno das Indústrias Reunidas Matarazzo, situado no bairro Fundação, que também abrigaria um parque.

Entretanto, a Cetesb emitiu laudo em que constatou contaminação da área, em função das atividades da empresa que produzia o inseticida BHC. "Pelo fato de São Caetano ser pequena, estamos estudando qual é o espaço que podemos utilizar para construir esse centro", afirma a secretária.

MUSEU - Outra promessa de Auricchio para o bairro Fundação é a ampliação do Museu Municipal, orçada em R$ 1 milhão. Ainda no primeiro mandato, o prefeito tinha a intenção de construir edifício moderno, que contrastaria com a arquitetura do antigo prédio, característica do século 19. Mas conforme Auricchio declarou ao Diário, faltou verba.

"Tem um programa do governo federal que dispõe de recursos para ampliação e construção de museus. Nossa intenção neste ano é desenvolver um plano para ser apresentado para o governo federal para a gente ter essa verba no ano que vem" ressalta a secretária.

Criada após a reforma administrativa, no início do segundo mandato do prefeito, em janeiro, a Secretaria de Cultura contará em 2009 com orçamento estimado em R$ 3 milhões. Atualmente, o órgão é responsável pela Fundação Pró-Memória, Fundação das Artes e a Escola de Bailado.

Entre as metas da secretária estão a criação do Conselho Municipal de Cultura, a regulamentação da lei de incentivo fiscal e a implantação de um fundo para o setor. "Já temos estudos para criar o conselho, que é a forma mais importante de democratizarmos a cultura. A troca de informação é muito importante."

ORQUESTRA - Desde dezembro de 2008, a Orquestra Filarmônica de São Caetano não conta com um substituto para o maestro Antônio Carlos Neves Pinto, que usufrui de licença-prêmio. Em fevereiro, os músicos deixaram de receber salários e tiveram de lidar com as incertezas em relação ao futuro do grupo.

"Na verdade a orquestra deveria chamar-se sinfônica, não filarmônica, porque é mantida com recursos públicos. Ela não vai parar de jeito nenhum, muito pelo contrário. Temos a pretensão de estruturá-la", frisa Adriana.

Na terça-feira, a secretária promoveu reunião fechada com os instrumentistas, que preferiram não emitir opiniões publicamente. O Executivo não mencionou os assuntos debatidos no encontro e limitou-se a divulgar uma nota em que garantiu já ter efetivado os pagamentos dos músicos.




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