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GM Brasil afirma que está fora do vendaval da matriz
Por Lucas Tieppo
Especial para o Diário
28/04/2009 | 07:00
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Da AFP


A General Motors do Brasil parece estar alheia a toda a turbulência vivida pela matriz da empresa norte-americana.

Mesmo após o anúncio do plano definitivo de reestruturação para saldar a dívida de US$ 27 bilhões da General Motors, a subsidiária brasileira afirmou que não será afetada pelas mudanças e por isso não comentaria o novo plano de reestruturação apresentado ao governo norte-americano, por meio da assessoria de imprensa.

André Beer, ex-presidente da GM do Brasil, também acredita que a subsidiária brasileira sairá ilesa à nova proposta de reestruturação. "Não vejo a possibilidade de modificações imediatas, pois a matriz e a unidade do Brasil vivem situações distintas. A GM do Brasil é independente judicial e financeiramente e seus produtos não dependem mais de importações norte-americanas", explicou Beer.

No plano que visa a liberação de novos empréstimos junto ao governo, e assim evitar a concordata, as principais medidas anunciadas ontem pela montadora são a eliminação de 21 mil postos de trabalho e o fechamento de 13 das 47 fábricas até o final de 2010, além da extinção da marca de carros Pontiac, concentrando-se nas marcas Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC e a redução de quase 50% do número de concessionários das marcas do grupo até 2014. A empresa quer contar com 40 mil funcionários no ano que vem e contava com 61 mil trabalhadores em 2008.

Até o fim do ano, será tomada uma decisão sobre as marcas Saab, Saturn e Hummer, controladas pela empresa.

A General Motors tem até o dia 1º de junho para apresentar ao governo norte-americano um plano de reestruturação ou pedir concordata; este prazo foi definido após a montadora ter seu primeiro plano de viabilidade rejeitado, em fevereiro.

A empresa também está oferecendo 225 ações ordinárias a cada US$ 1 mil do volume principal da dívida em circulação. A troca será realizada apenas se 90% dos credores concordarem com os termos. A companhia disse por meio de um comunicado que pedirá concordata se não houver adesão suficiente. A data limite para os credores aderirem à oferta é 26 de maio.

Com Agências

Supervisão Marcos Seabra




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