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Superpneumonia ofusca Dia do Trabalho Ásia
Da AFP
01/05/2003 | 09:48
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Centenas de milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira na Ásia em razão do Dia do Trabalho, mas a festa foi ofuscada pela epidemia de pneumonia asiática, que causa estragos à economia da região, gerando um grande índice de desemprego.

Algumas manifestações foram canceladas, devido ao temor do vírus que afeta essencialmente a região e cujo avanço continuou nesta quinta-feira, com novas mortes, novos casos registrados e vítimas econômicas.

Na China, onde o Primeiro de Maio é uma das principais festas do regime comunista, Pequim parecia uma cidade fantasma. A semana de férias anual nesta época do ano foi reduzida para deter a propagação do vírus e a maioria das pessoas ficou em suas casas.

Os locais de interesse turístico de Pequim, como a Cidade Proibida, ou a Praça da Paz Celestial, estavam quase desertos, sem as costumeiras multidões, algo nunca visto desde a repressão do movimento democrático em 1989.

Em Cingapura, o primeiro-ministro, Goh Chok Tong, estimou que o mercado de trabalho não dará sinais de melhora antes do próximo ano, devido à síndrome respiratória aguda severa (Sars) e à guerra no Iraque.

Na vizinha Malásia, 2 mil pessoas se manifestaram em Kuala Lumpur contra as ameaças de demissões.

Em Hong Kong, as perspectivas também eram sombrias. Com uma taxa de desemprego de 7,5%, Lee Cheuk-yan, secretário geral da entidade sindical Confederation of Trade Unions, declarou em uma manifestação que a Sars vai agravar a situação.

"Esta festa do Trabalho é particularmente triste, com 10 mil desempregados e outros 60 mil em férias forçadas, sem salário, devido à crise da Sars", disse.

Na Indonésia, milhares de pessoas se manifestaram e pediram a saída da presidenta Megawati Sukarnoputri e de seu ministro do Trabalho, acusados de indiferença ante a situação dos trabalhadores, principalmente dos imigrados vítimas da pneumonia.

Em Taiwan, onde cerca de 10 mil trabalhadores estavam organizando uma manifestação, os sindicatos cancelaram as concentrações populares, devido à epidemia.

Em outros países da Ásia menos afetados, as manifestações tradicionais tiveram como tema principalmente os direitos dos trabalhadores. Mais de 200.000 pessoas desfilaram no Japão. Em Manila, os manifestantes também saíram às ruas e no Vietnã os habitantes aproveitaram o segundo dia feriado seguido, depois da quarta-feira, em que se celebrou o 28§ aniversário da libertação de Saigon e a reunificação do país.




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