Há informações de que o presidente do Paquistão (país muçulmano), Pervez Musharraf, tinha a intenção de pedir a Rumsfeld que houvesse uma pausa na ação militar durante o Ramadã. No entanto, o Paquistão não deve apresentar resistência à posição norte-americana. Em entrevista à agência Reuters durante a semana passada, Musharraf afirmou que não vai se opor à continuidade dos ataques.

Em outras ocasiões, os EUA já tinham sinalizado que não ocorreria uma pausa nos bombardeios. A assessora para assuntos de segurança nacional norte-americana, Condollezza Rice, havia dito que os EUA não poderiam "se permitir" parar a ação militar durante o período sagrado dos muçulmanos. O presidente George W. Bush, por sua vez, afirmou que “os Estados Unidos não irão descansar durante o Ramadã”.

Talibã — Donald Rumsfeld afirmou também no Paquistão que o Talibã, milícia religiosa que controla o Afeganistão, não funcionou como um governo completo. “Como uma força militar eles têm concentrações de poder reais. Eles têm capacidades militares reais. Eles estão usando seus poderes sem limites... para impor sua vontade”, afirmou, após se encontrar com o ministro do exterior paquistanês, Abdul Sattar.

Durante sua visita ao Uzbequistão, também neste final de semana, o secretário de Defesa afirmou que a operação “Liberdade Duradoura” apresentava um “progresso moderado”. “O esforço para lidar com as redes terroristas está avançando em um ritmo que mostra progresso médio”, disse.