O líder da Liga Árabe, Amr Mussa, rejeitou neste domingo o pedido do terrorista saudita Osama Bin Laden feito aos muçulmanos para se unirem em uma "guerra santa" contra o Ocidente Cristão, em pronunciamento em vídeo transmitido no sábado pelo canal árabe Al Jazeera. Bin Laden acusou os líderes árabes que cooperam com a ofensiva militar americana, de serem " infiéis" e atacou a ONU e seu secretário-geral, Kofi Annan.

"Bin Laden não falou em nome dos árabes e muçulmanos", disse Mussa a jornalistas em Damasco, onde conduz o encontro árabe que discute o apoio aos palestinos nos conflitos no Oriente Médio, a solidariedade das nações árabes aos ataques de 11 de setembro e o apoio ainda à coalizão internacional de combate ao terrorismo.

O ministro do Exterior do Egito, Ahmed Maher, também afirmou que a atual situação é "uma guerra entre Bin Laden e o mundo", quando perguntado sobre os comentários de Laden gravados pela emissora de televisão Al-Jazeera.

Na gravação, Osama Bin Laden, o principal suspeito dos ataques terroristas em Nova York e Washington, diz que a questão atual é fundamentalmente uma "guerra santa". Ele pede aos muçulmanos que "defendam sua religião e seus irmãos no Afeganistão" contra a "cruzada" liderada pelos Estados Unidos.

No comunicado, o terrorista supostamente refugiado em terras afegãs descreveu o secretário geral das Nações unidas, Kofi Annan, como um "criminoso".