O esqueleto de um prédio inacabado vai ganhar função social em São Bernardo e se tornará equipamento de saúde voltado ao atendimento das mulheres. A projeção é que no fim de 2020 o espaço possa ser entregue à população, com 150 leitos e que venha a oferecer serviços como tomografia, mamografia e ecocardiograma, exames que são necessários para a detecção de doenças e que podem significar a diferença entre o tratamento adequado ou a morte de pacientes.

O termo para a construção foi assinado ontem pelo prefeito Orlando Morando (PSDB) e, de acordo com o cronograma apresentado, em sete meses o projeto executivo estará pronto. A partir daí, se dará início à readequação da estrutura ao novo propósito, serviço que custará em torno de R$ 45 milhões, com recursos oriundos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

A transformação de espaço sem serventia em algo extretamentente útil é louvável e merece destaque. É ação que deveria seguir de modelo e pautar os demais gestores da região a atentarem para construções ociosas em seus municípios e dar a elas ocupação digna. Quem anda pelas ruas região se depara com vários desses elefantes brancos ou mesmo com estruturas que foram abandonadas antes de se tornarem edificações e assim permanecem por anos. Geram problemas graves como infestação de pragas e, até mesmo, são utilizados como esconderijo para marginais, o que compromete a segurança dos cidadãos.

O primeiro passo foi dado com a intenção da construir o Hospital da Mulher. Resta agora cuidar para que todos os trâmites sejam cumpridos com rigor, para que avance da teoria à prática no prazo programado e, principalmente, que os custos fiquem dentro do que foi projetado.

Assim como noticiou a assinatura do termo que deu início ao processo, este Diário espera acompanhar e divulgar todas as demais etapas e os trâmites que, certamente, marcarão o andamento das obras. Da mesma forma, cobrará os responsáveis em caso de estagnação. É o nosso papel.