Os desentendimentos entre médicos-peritos e pessoas que passam por exames são motivo de preocupação para os profissionais da Previdência Social. Por um lado, os segurados do INSS acusam a instituição de mau atendimento e falta de critérios nas altas médicas. Por outro, os médicos dizem que são freqüentemente agredidos fisicamente – motivo que os levam a querer trabalhar armados.

“Citamos em um manifesto a questão do mau atendimento nas perícias médicas por parte dos funcionários de um modo geral. As altas não tem critérios. Além disso, somos contra o projeto que está no Senado, no qual prevê aos médicos-peritos do INSS tenham direito de usar arma de fogo em trabalhos externos”, comenta o membro do Movimento Luto e Luta, Eduardo de Sena. Ele também afirmou que os superintendentes não estão a favor desse projeto e prometeram rever tal solicitação.

“Falamos com a subdelegada sobre a situação que o trabalhador vem passando nas perícias médicas do INSS e também sobre o projeto de armar os médicos-peritos. A delegada disse que não estava sabendo do caso e que vai estudar a situação e que está aberta para novas conversas. Ficamos animados”, comenta Sena.

Mobilização - O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Doenças e Acidentes do Trabalho é celebrado em 28 de abril. Mas, a comemoração foi antecipada para última sexta-feira, e marcada por ações de sindicalistas e trabalhadores.

Com o intuito de chamar a atenção da Superintendência do INSS, o Movimento Luto e Luta, em parceria com o Sindicato dos Bancários e a CUT (Central Única dos Trabalhadores), organizou uma manifestação que reuniu aproximadamente 150 pessoas na Praça da República, em São Paulo. Os manifestantes caminharam rumo à Superintendência do Instituto, e entregaram um documento, solicitando melhor tratamento aos segurados.