A cidade de Chapecó prepara uma despedida aos heróis da delegação que acabaram vítimas da tragédia fatal com o voo que levava o time da Chapecoense à Colômbia para a disputa da final da Copa Sul-Americana. A Arena Condá, estádio da equipe, vai receber o velório às 8h de amanhã. Segundo o presidente em exercício, Ivan Tozzo, todos os corpos já foram identificados, deixarão Medellín na tarde de hoje (16h) e chegam a Santa Catarina no início da madrugada. Deverão ser 12 horas de viagem em aviões da Força Aérea Brasileira.

Tendas estão sendo montadas no gramado da praça esportiva, entre outras estruturas. São esperadas 100 mil pessoas no local, inclusive o técnico da Seleção Brasileira, Tite, e o mandatário máximo da Fifa, Gianni Infantino. O presidente Michel Temer deve participar de solenidade no aeroporto local.

Ivan Tozzo não soube precisar o número de corpos que serão velados em Chapecó. Por ora, poderão ser 51 dos 71 mortos, entre atletas, comissão técnica, dirigentes e jornalistas. A duração deve ter de três a quatro horas. “Não sou eu quem estou cuidando, mas imagino que seja essa a duração, pois as famílias querem levar os corpos para as suas cidades”, declarou Tozzo. O fisiologista Luiz Cesar Cunha, o Cesinha, teve o enterro confirmado em Santo André, cidade onde nasceu. A família, que foi para Chapecó, aguarda apenas a chegada do corpo e o velório no Sul para trazê-lo ao Grande ABC.

De acordo com o UOL, o técnico Caio Júnior e três auxiliares não serão levados ao estádio da Chapecoense, sendo velados pelas famílias em outros locais. Desde terça-feira, torcedores acampam e fazem vigília em frente à Arena Condá.

CORTEJO

Os caixões com os corpos dos mortos no acidente na Colômbia seguirão do Instituto Médico-Legal ao aeroporto em grande caravana fúnebre. Essa é mais uma ação de homenagem do governo colombiano às vítimas da tragédia que aconteceu na madrugada de terça. Os caixões estão sendo cobertos com panos brancos que contém o escudo da Chape e a frase “campeões para sempre”.

FERIDOS

No último boletim, a Chapecoense diz que dos quatro brasileiros feridos (os jogadores Alan Ruschel, Neto e Follmann e o jornalista Rafael Henzel) “nenhum paciente apresenta risco de morte. Situação é crítica, mas estabilizada”.