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Cadê os tucanos?
Beto Silva
21/04/2016 | 07:00
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O PSDB disputou a Presidência da República em 2014 cabeça a cabeça com o PT. No segundo turno, melhor para a petista Dilma Rousseff frente ao tucano Aécio Neves. O senador mineiro apresentou durante a campanha um raio X realista da condição econômica brasileira. Alertou sobre o represamento dos preços administráveis, avisou da queda na demanda por consumo e os problemas de corrupção que assolavam a máquina pública. Mas valeu mesmo o argumento da presidente que tentava a reeleição. Para ela, a crise não afetaria o Brasil, pois estávamos ancorados numa economia sólida e não havia necessidade de ajuste fiscal. Não haveria desemprego. Não mexeria nos direitos dos trabalhadores “nem que a vaca tussa”. A maioria acreditou e deu a ela a oportunidade do segundo mandato. E o PSDB? Bom, os tucanos inicialmente inflamaram os discursos contra o governo. Tentaram mostrar as mentiras. Depois, inflamaram movimento pró-impeachment. E, neste momento que antecede a iminente saída da petista do Palácio do Planalto, o tucanato está longe do protagonismo. Alguns, e às vezes, estão preocupados com os rumos do País. Outros, e a maior parte do tempo, pensam nas eleições municipais de outubro e no pleito de 2018. E no campo eleitoral, os discípulos de Mário Covas estão se esbofeteando internamente. A divisão é tão certa quanto a esperada. Um dos principais ícones da legenda, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, está em diálogo adiantado para ingressar no PSB e levar boa parte da ninhada para as bandas socialistas. O resultado disso? Enfraquecimento do PSDB, que hoje está longe de ser o protagonista do processo político, sem ofertar projetos, mesmo com cinco governadores, 11 senadores e 51 deputados federais. Hoje, é uma sigla a reboque do PMDB.

Mudança de nome

O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), espalhava pelos quatro cantos que tinha força política o suficiente para não deixar o PV fechar com o projeto de candidatura de Adler Kiko Teixeira (PSB) em Ribeirão Pires. Falou até que, se isso acontecesse, mudava de nome. Pois bem, na segunda-feira, a cúpula regional decidiu apoiar a candidatura de Kiko a prefeito de Ribeirão Pires. E, claro, cobranças já são feitas a Lauro.

Fila de espera

Nesta semana, foi grande a lista de vereadores governistas que bateram à porta do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e do secretário de Governo, José Albino (PT). Depois de conseguirem emplacar o aumento salarial ao chefe do Executivo de 19,61%, queriam ouvir dos petistas qual será o auxílio do governo para campanhas eleitorais a vereador. Parlamentares saíram sem resposta. E prometendo retaliações futuras.

Panela de pressão – 1
O clima no PT de Santo André não é dos melhores às vésperas da eleição municipal. Depois de estremecimento com a decisão do governo de fazer coligação proporcional da chapa de vereadores com o PSD de José de Araújo, a polêmica da vez foi a ausência do prefeito Carlos Grana na atividade feita pela legenda na sexta-feira, no calçadão da Rua Coronel Oliveira Lima, contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além de Grana, nenhum secretário da Prefeitura compareceu à atividade, capitaneada exclusivamente pelo presidente do PT local, o deputado estadual Luiz Turco.

Panela de pressão – 2
Após o episódio de sexta-feira, militantes próximos do núcleo duro do governo pediram a saída de alguns titulares de Pastas. Pré-candidato a vereador e com ligação estreita com Grana, Willians Bezerra exigiu que o secretário de Saúde, Homero Nepomuceno Duarte, saia do Paço. A frase foi dita em uma rede social acessada por diversos petistas da cidade. 




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