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São Caetano segura o América e chega à final da Libertadores
Marcelo Camargo
Enviado do Diário à Cidade do México
17/07/2002 | 00:29
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Uma história toda azul para o futebol brasileiro: o São Caetano está na final da Copa Libertadores da América. A equipe do Grande ABC empatou com o América do México, nesta terça à noite, no estádio Azteca, por 1 a 1, e é o primeiro finalista na competição sul-americana, que pode ter uma final brasileira inédita se o Grêmio conseguir passar pelo Olimpia do Paraguai nesta quarta, no estádio Olímpico. Os jogadores fizeram grande festa ao final do jogo e foram aplaudidos pelos torcedores mexicanos.

Seja qual for o adversário, o Azulão joga a segunda partida da final em casa, ou seja, provavelmente no estádio do Pacaembu, já que o Anacleto Campanella não tem a capacidade exigida pela Conmebol. Aílton foi o autor do gol do Azulão. Pardo empatou.

O Azulão surpreendeu já na sua escalação. Quando todos esperavam a presença de Serginho no meio para fechar o setor, o técnico Jair Picerni optou por manter Robert no time e deixar a equipe mais ofensiva. Com essa formação, o time do Grande ABC marcava a saída de bola dos mexicanos e dificultava a chegada do América, que mesmo assim deu o primeiro susto em cobrança de escanteio. Zamorano subiu sozinho e obrigou Sílvio Luiz a grande defesa.

O São Caetano não se intimidou e, na primeira oportunidade que teve, fez 1 a 0, aos oito minutos. Somália brigou e ganhou a jogada na linha de fundo, pela direita, e cruzou para Aílton, que abriu o placar em um gol que a bola sofreu para entrar.

Com a vantagem no placar – a primeira partida foi 2 a 0 para o São Caetano –, o time brasileiro não recuou e continuou a dar trabalho para o goleiro Ríos. O América, que àquela altura precisava fazer três gols para levar a partida para as penalidades, tinha mais posse de bola, mas sem objetividade. E quando apareciam as chances, Sílvio Luiz mostrava segurança e, muitas vezes, contava com a falta de pontaria dos adversários.

A defesa do São Caetano fazia partida impecável e afastava com tranqüilidade o perigo do seu gol. Nos minutos finais do primeiro tempo, a equipe sofreu a pressão do América e, quando conseguia afastar a bola, saía para o ataque com lançamentos longos, o que dificultava o trabalho de Anaílson e Somália.

O América, que precisava de gols, optou por voltar para o segundo tempo com um time mais ofensivo e Hernández, da seleção mexicana, e Mendoza, entraram no jogo. As mudanças deram certo e a torcida, que passou todo o primeiro tempo quieta, passou a apoiar a equipe. Aos quatro minutos saiu o gol de empate, após falta de Daniel. Pardo bateu com perfeição e a bola foi no ângulo esquerdo de Sílvio Luiz.

O gol serviu de incentivo para os mexicanos. Os brasileiros tentaram esfriar os ânimos e foram para o ataque. Mas não por muito tempo. A tranqüilidade do primeiro tempo já não era a mesma e os espaços surgiam. O problema do América continuava a ser a finalização e Pardo, na bola parada, era o único que dava trabalho.

A opção do técnico Jair Picerni foi tirar o meia Robert e colocar Serginho para dar mais segurança à defesa. A equipe brasileira fazia o que podia, e Rubens Cardoso ainda perdeu a chance de ampliar em um chute cruzado, que obrigou Ríos à grande defesa em dois tempos. Depois foi a vez de Marcos Senna, em cobrança de falta, dificultar para o goleiro mexicano.

O chileno Zamorano, apagado nas duas partidas da semifinal, ainda teve tempo de acertar um bola na trave de Sílvio Luiz.




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