Pela primeira vez o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), foi ao embate direto contra o seu principal rival, o candidato do PMDB, Paulo Skaf, ao classificar como “catástrofe” a administração peemedebista no período em a sigla chefiou o Palácio dos Bandeirantes. As críticas ficaram concentradas na gestão do ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho, entre 1991 a 1994 – hoje Fleury coordena a campanha de Skaf.

A ofensiva de Alckmin se deu após a propaganda eleitoral do adversário veicular ontem que o atual governador já pertenceu à sigla. “Eu sai bem antes dessa catástrofe. Foi há 26 anos que me desfiliei. É preciso lembrar do novo PMDB que vem com o (Gilberto) Kassab (candidato ao Senado pelo PSD e ex-prefeito da Capital), com (Paulo) Maluf (deputado federal do PP) e pelo Fleury. Vamos lembrar que quando o Mário Covas (ex-governador pelo PSDB, morto em 2001) assumiu, em 1995, pegou um Estado literalmente quebrado, inadimplente. Deu um trabalho danado para recuperar”, enfatizou.

Entre 1991 e 1994, Fleury comandou o Executivo estadual, somando 12 anos de administração peemedebista – antes dele, ocuparam os postos Orestes Quércia e Franco Montoro. Em 1995, o comando passou ao PSDB, chefiado por Covas, com Alckmin de vice-governador. “Tínhamos hospitais que eram só esqueleto. Aquele Instituto do Câncer, que é hoje o melhor hospital brasileiro de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), eleito pelos pacientes, estava 12 anos com obras paralisadas”, complementou Alckmin.

Com liderança consolidada nas recentes pesquisas de intenções de voto, atingindo mais de 50% da preferência eleitoral, o tucano vê Skaf apresentar subida na busca por voto, garantindo 20% da fatia preferencial.

ATIVIDADE
O governador realizou ontem vistoria no Hospital Regional Sul, localizado no bairro de Santo Amaro, que está prestes a ter inaugurado o setor de pronto atendimento. A unidade está em funcionamento somente no ambulatório.

O chefe do Executivo aproveitou o ato para a efetuar a assinatura de contrato de PPP (Parceria Público Privada) que viabilizará a construção de três hospitais estaduais. O ato contou com participação do secretário do Estado da Saúde, David Uip.

Com investimento de R$ 722,2 milhões, serão erguidos o Centro de Referência da Mulher Pérola Byington, na Capital, e os hospitais em Sorocaba e São José do Campos, no interior do Estado. “O prazo para conclusão das obras é de 36 meses. Quando prontos, os hospitais deverão acrescentar mais 646 leitos à rede pública e 162 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, destacou Alckmin.

Como promessa, Alckmin salientou que entregará mais dez novos complexos hospitalares e ampliar também os AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) para diminuir filas e a Rede Lucy Montoro, que atende pessoas com deficiência.

O chefe do Executivo enfatizou que duas novas unidades, localizadas em Caraguatatuba, no Litoral, e Registro, no Interior, já têm recursos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e que “as licitações devem ocorrer em breve”.