A Fórmula 1 sempre foi um baita laboratório para a indústria automobilística. Muita coisa foi desenvolvida nas pistas e transferida para carros de rua. Não tem lugar melhor para testar e desenvolver maluquices. Assim, se você tem freio ABS no seu carro, ou troca de marcha com um botão no volante, agradeça às corridas. Elas fizeram do ato de dirigir algo mais fácil e seguro.

Mesmo com 900 cavalos de potência nas costas, um piloto pode atolar o pé direito no pedal que nada acontece.

Semana passada, a FIA anunciou que os controles de tração serão proibidos em 2008. É esse dispositivo que impede as rodas traseiras de girarem em falso, patinarem, cortando a ignição nos cilindros e distribuindo a potência igualmente entre elas. O piloto acelera tudo, e o controle de tração se encarrega do resto. Não fosse ele, e veríamos neguinho derrapando, acabando com pneus.

Sem esse equipamento, a pilotaiada vai ter de reaprender a guiar. O curso de um acelerador de F-1, neste sábado, é minúsculo. Jacques Villeneuve, por exemplo, tinha 1 cm no pedal de seu Williams, nos anos 90. Não precisava de grande sensibilidade. A idéia era enfiar o pé e manter o acelerador a pleno o maior tempo possível. Sem controle de tração, não conseguiria parar na pista.

Tatuagem – Kimi Raikkonen surpreendeu o mundinho conservador da F-1 ao aparecer no autódromo da Malásia nesta sexta-feira ostentando uma vistosa tatuagem tribal no punho direito. Homem de poucas palavras, o finlandês respondeu com um "vocês vão saber depois" à pergunta sobre o caráter de permanência do desenho.

Na madrugada deste sábado, os pilotos voltariam à pista na Malásia para a sessão que definiria o grid. A largada da corrida – a segunda da temporada – acontece às 4h de neste domingo.