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Marias brasileiras

Durante boa parte da história do Brasil República, as mulheres foram excluídas...

Dgabc
08/03/2013 | 00:00
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Artigo

Durante boa parte da história do Brasil República, as mulheres foram excluídas de qualquer participação na política e somente após anos de reivindicações conquistamos o direito de votar e de nos eleger para cargos no Executivo e Legislativo do País. O modelo aceito e conhecido por todos deixou de ser sinônimo de felicidade a muitas de nós. E foi a partir dos anos 1970 que, por opção ou necessidade, iniciamos a busca pela independência moral e financeira.

Os anos de 2000 a 2010 foram decisivos para a transformação do mercado de trabalho na vida da mulher. A maternidade cedeu lugar à especialização e a maior demanda por trabalhadores em tempos de aquecimento da economia aumentou 24% a nossa inserção no mercado. Conquistamos, finalmente, o avanço que as gerações anteriores tanto sonharam.

Na política, as mulheres ficaram com 12,9% das cadeiras nas Assembleias Legislativas, com 8,5% das vagas na Câmara, com 9,8% no Senado e 7,4% dos governadores. Essa baixa participação em espaços de poder está, a meu ver, relacionada ao nosso limitado acesso à esfera pública, além de fatores como a cultura de divisão de gêneros do trabalho, o não compartilhamento das tarefas domésticas e o preconceito de gêneros.

Ainda nos deparamos com salários baixos, com a violência e a jornada excessiva de trabalho. Para as mulheres, a atividade profissional tornou-se tão importante quanto às voltadas para o lar e para os filhos. Um terço delas é arrimo de família. No entanto, o último Censo mostra que o rendimento médio mensal dos homens foi de R$ 1.392, ao passo que o das mulheres foi cerca de 30% menor, de R$ 983.

Estudo 2010 do Dieese e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC indica que o contingente de trabalhadoras somava 13,7 mil mulheres, ou seja, 14,1% do total de metalúrgicos das cidades de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Essas metalúrgicas já ocupam as mais diferentes posições dentro da empresa e são mais escolarizadas do que os homens. Apesar disso, na indústria, as mulheres recebem em média 30% menos que os homens. Aumentamos a nossa participação em todos os campos do conhecimento humano e ampliamos as oportunidades. Provamos a nossa competência e habilidade, mas obstáculos devem ser ultrapassados e há muito por fazer em políticas de promoção da igualdade, da isonomia salarial e do respeito a todas nós.

Regina Gonçalves é deputada estadual pelo PV.

Palavra do Leitor

Negligência

Peço às autoridades competentes que tomem as devidas providências no sentido de colocar ordem na bagunça que se tornou o trânsito na Rua 24 de Maio, entre as avenidas Capitão Mário Toledo de Camargo e Dom Pedro I, em Santo André, depois que passou a ter asfalto no lugar dos paralelepípedos. Não tem sinalização e os veículos descem na contramão a qualquer hora, além dos carros que param em frente às garagens. Foram várias ligações para a Prefeitura pedindo lombada eletrônica ou algum redutor de velocidade, e até agora nada. As peruas escolares param em frente aos prédios e, com tudo isso, as crianças correm riscos. São vários números de protocolos, mas a Prefeitura não nos deu atenção. Espero que algo seja feito.

José Osório Haither

Santo André

Jardim do Mirante

Gostaria de pedir ajuda ao Jardim do Mirante, em Santo André, bairro totalmente legalizado, com cobrança de IPTU e reconhecido pelo município, porém inteiramente abandonado. Não possuímos iluminação pública, o que causa medo a moradores que chegam tarde e encontram pessoas de má índole e sob efeito de entorpecentes. Não existe nenhuma linha de micro-ônibus, e problemas com falta de água são constantes, além de possuirmos rua de acesso às demais vias no puro barro, dificultando a entrada dos moradores e em época de chuva, impedindo circulação dos veículos. Pedimos ajuda para que possamos pressionar os responsáveis a resolver nossos problemas.

Thiago Manzano dos Santos

Santo André

Feliciano

Carlos Brickmann, em sua coluna (Política, dia 6), traz-nos a informação de que o pastor Marco Feliciano é indicado pelo PSC para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Com isso, os gays, lésbicas e simpatizantes, pela ótica do pastor, deixam de ter acesso aos direitos humanos. E num tempo em que Deus, para muitos, tem sido moeda de troca. Dê valores absurdos para certas ‘igrejas e suas obras', e essas dizem que Deus ‘te dará em dobro'. Porém, os mais vitimados pelos flagelos sociais do mundo, nossos irmãos africanos, têm de ouvir de um homem, que se diz de Deus, que essa mesma África enfrenta doença, fome e paganismo porque foi amaldiçoada por Noé. O mundo acabou e só esqueceram de avisar a muitos!

Cecél Garcia

Santo André

Resposta

Em resposta à reclamação da leitora Maria de Mello (Imposto, dia 6), informamos que, desde o dia 28 de fevereiro, o demonstrativo de rendimentos está disponível para consulta e impressão por meio do site da São Paulo Previdência (www.spprev.sp.gov.br). Além disso, o documento foi encaminhado aos beneficiários da autarquia via correio e também pode ser retirado presencialmente, na sede ou em um dos postos de atendimento da SPPREV.

São Paulo Previdência

Ao prefeito

Na semana passada, realizei com os alunos da 7° série H, da EE Maria Expedita Silva, em Mauá, atividade de História, com o tema ‘Uma carta ao prefeito'. Observei crítica comum dos alunos referente ao aumento das passagens. Uma aluna calculou que uma família de cinco pessoas precisa gastar R$ 33 para ir e voltar do Centro da cidade. Ela afirma que o reajuste afeta diretamente o mais pobre, que precisa escolher entre alimentação saudável ou pagamento da passagem. Observei também a insatisfação com a falta de espaços de lazer, com a demora no atendimento nos postos de Saúde, a falta de segurança nos arredores da escola etc. Um aluno escreveu: ‘Ilustre senhor prefeito, reforme nossas ruas, pois Mauá não pode ter mais buracos do que gente.'

Marcos Aurélio da Rocha

Mauá

Muda, Brasil!

Sonhei que os militares voltaram ao poder, fecharam o Congresso e mandaram prender todos os políticos, empresários e juízes envolvidos no Mensalão. Vi o povo nas ruas clamando por justiça, exigindo a volta da moral e da ética. Desta vez, o povão estava colado aos generais, brigadeiros e almirantes, cantando numa só voz: ‘Vem, vamos embora/que esperar não é saber/quem sabe faz hora/não espera acontecer'. Muda, Brasil!

Leônidas Marques

Volta Redonda (RJ)




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