Dezesseis anos. Esse será o tempo que Robson Gonçalves da Silva, o Zóio, terá de pagar na prisão pelo assassinato de Rodrigo Monteiro Sakavicius, (então com 23 anos), ocorrido em 2004, em Paranapiacaba, território de Santo André.

A condenação e o conforto para os familiares, que compareceram terça-feira ao Fórum de Santo André, veio após seis horas de julgamento. “Sei que meu filho não volta mais, mas é um alívio saber que vão pagar pelo que fizeram”, disse a mãe de Rodrigo, Leonilda Alves Monteiro Sakavicius, 62 anos. Ela referiu-se também a Fabiano Maio Eleno, o Gago, co-autor do homicídio que também foi condenado no ano passado a 16 anos de prisão.

O processo de Zóio não avançou na mesma velocidade da ação judicial do comparsa, pelo fato de ele ter sido submetido a exames de sanidade mental. A alegação utilizada pela defesa, de que Zóio tem dupla personalidade, não convenceu os sete jurados que, por unanimidade, o condenaram por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Crime - Em 29 de agosto de 2004, Rodrigo Sakavicius deixou o apartamento em que morava com os pais, no bairro do Bom Retiro, na Capital, para fazer um ritual de iniciação na religião Wicca na vila. Seu corpo foi encontrado, já em decomposição, 16 dias depois, em um matagal.

Sakavicius teve as mãos amarradas, foi enforcado com um cordão e os dois criminosos ainda o esfaquearam. Entre outras versões dadas pelos assassinos, o crime teria sido motivado pelo fato de o garoto ser homossexual. (Supervisão de Adriana Gomes)