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Nossas festas de fim de ano

E, felizmente, é mais forte do que a tal ‘rotina’...

Por Carlos Ferrari
22/12/2014 | 07:00
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E, felizmente, é mais forte do que a tal ‘rotina’ que quase sempre nos vence na grande maioria dos 365 dias do ano. Seja por motivos comerciais, seja pela fé individual ou coletiva, seja pela tradição construída e transmitida por nossa ancestralidade, o fato concreto é que o Natal já tomou as ruas, lojas, conversas, planos de curto prazo e, claro, nossos sentimentos.

À propósito, sabemos que não é essa, para todos, uma época de alegrias e boas lembranças. Muitos não gostam e até rejeitam, mas sentem com intensidade a chegada da data de celebração oficial do nascimento do Cristo Salvador.

As festas de fim de ano trazem consigo a cada ano uma dose cada vez maior de ingredientes como: nostalgia, consumismo, glamour e ‘gourmetização’ de cardápios eleitos como os ideais para o momento. Mas seria injusto afirmar que para os tempos atuais só sobraram lembranças e comércios lotados. O Natal é a perspectiva de entrada de um novo ano, traz consigo a capacidade mágica de se renovar e, por consequência, renovar as esperanças e o modo de vida de milhões de famílias cristãs ao redor de todo o planeta ao menos por alguns dias.

A criança sorridente, feliz à espera de um presente, independentemente de qual valor ele possa ter, os casais e amigos envolvidos em torno da expectativa de como serão os pratos e as festas que lhes darão a possibilidade de comemorar juntos, os tantos outros reflexivos (as) diante da dor presente que preenche um espaço de saudade aberto pela perda de alguém que não está mais entre nós. Toda essa efervescência de sonhos, sensações e vida real é o que nos faz a cada dia deste mês de dezembro ter um ritmo de vida diferente.

2014 para muitos não foi fácil. Para outros é, sem dúvidas, o ano da vida. E talvez alguns mais entendam que apenas passou batido. Pessoalmente defino como um ano intenso, bastante complexo pelas dificuldades econômicas enfrentadas pelo País e pelos debates acirrados em torno do processo eleitoral. Um ano de festas e lágrimas provocadas pela passagem bem sucedida, porém avassaladora, da Copa do Mundo por aqui. Um ano verdadeiramente histórico pelo marco da reaproximação entre Estados Unidos e Cuba. Este foi um ano de trabalho, de desafios imensos repletos de possibilidades para 2015.

Então é chegada a hora de agradecer e desejar. Obrigado a vocês que me acompanham pelo blog, pelos jornais e os tantos outros espaços de mídia que acabam nos assegurando a oportunidade de trocar ideias e pensar juntos. Obrigado a meus alunos, colegas de trabalho, companheiros de militância e tantos outros que não sei nominar, mas que fizeram parte de momentos únicos nesta caminhada que tenho feito pelo Brasil. Obrigado aos atuais e ex-colaboradores da Avape, pessoas verdadeiramente especiais, pois é graças a essa capacidade de acreditar e de lutar que estamos testemunhando uma organização com mais de 30 anos a reescrever seus caminhos. Obrigado a meus amigos e familiares, fontes seguras de acolhida, amor, sorrisos gratuitos e palavras de conforto e incentivo.

Desejo que possamos terminar o ano melhor do que começamos. Espero que 2015 seja uma versão atualizada e melhorada de 2014, onde possamos conviver mais, sorrir juntos e trabalhar em sinergia para um País melhor.

Boas festas!

* O colunista entrará de férias e retornará em janeiro. 

* Carlos Ferrari é presidente da Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), faz parte da diretoria executiva da ONCB (Organização Nacional de Cegos do Brasil) e é atual integrante do CNS (Conselho Nacional de Saúde). 




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