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Coordenador de Aécio relembra Russomanno

Carlos Sampaio, do setor jurídico do presidenciável tucano, relaciona Marina à queda de republicano

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
29/09/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Coordenador do setor jurídico da campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB), o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) ainda acredita que o correligionário estará no segundo turno. Para corroborar sua tese, Sampaio aposta na desidratação da candidatura de Marina Silva (PSB), hoje segunda colocada nas pesquisas de intenções de voto, igual à do projeto eleitoral de Celso Russomanno (PRB) em 2012, a prefeito de São Paulo.

Dois anos atrás, Russomanno era líder nas sondagens eleitorais para a prefeitura paulistana. Estava nesta condição até uma semana antes do primeiro turno, quando houve intensificação dos ataques dos candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Em sete dias, o republicano perdeu fôlego e sequer foi ao segundo turno, quando Haddad venceu Serra e se tornou prefeito da Capital.

“Marina é general sem tropa e muda muito de posição. Acho difícil vencer (a corrida presidencial). A pessoa que quer mudança fará reflexão no último momento. Foi o que aconteceu com Russomanno”, avaliou Carlos Sampaio, em visita ao Diário. Ele disse que, nos trackings do PSDB (levantamentos diários feitos pelas campanhas sobre intenções de voto), Aécio já passou Marina. No Datafolha, Dilma Roussseff (PT) é citada por 40% dos entrevistados, Marina por 27% e Aécio por 18%.

Sampaio afirmou ter certeza que, caso Aécio vá de fato ao segundo turno, o PSB caminhará ao lado da candidatura tucana. “Não tenho a menor dúvida. O Aécio tinha bom diálogo com o Eduardo Campos (presidenciável do PSB morto em 13 de agosto em acidente aéreo)”, opinou o deputado, para quem Marina comete “erro brutal” ao não tentar associar sua imagem com a do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

O parlamentar federal criticou duramente a postura de Dilma pelo fato de ela ter ido, na semana passada, em assembleia geral da ONU (Organização das Nações Unidas) e ter falado de seu governo no pronunciamento oficial. “O Brasil ficou sem presidente por dois dias (o comando do País esteve interinamente nas mãos de Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal). E ela (Dilma) foi fazer campanha em Nova York. O PT transgride leis com facilidade que assusta”, opinou o tucano.

CPI DA PETROBRAS
Integrante da CPI da Petrobras, que investiga denúncias de suposto desvio de dinheiro na estatal, Sampaio mostrou otimismo com relação a avanço nos trabalhos, principalmente se a comissão receber a íntegra da delação premiada de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da empresa pública que já citou participação de políticos em irregularidades na companhia.




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