Não foi difícil encontrar o jogador alemão que estava mais feliz após a goleada por 7 a 1 sobre o Brasil. Enquanto seus companheiros evitavam extravasar em respeito a dor do time brasileiro, Miroslav Klose não conseguia esconder a felicidade e celebrava seu gol, que o levou aos 16 em Copas do Mundo, superando a marca do brasileiro Ronaldo Fenômeno como o maior artilheiro em Mundiais.

“O gol até que não foi importante para que alcançássemos a vitória e, sim, pela marca alcançada. Ou era agora ou ele não sairia mais em minha carreira”, comentou Klose, que teve trabalho para vencer Julio Cesar. “Estava bloqueado por um defensor, então tentei duas vezes até marcar”, lembrou o atacante, 36 anos, que disputa sua quarta edição da Copa do Mundo.

Apesar de comemorar a marca, Klose disse que o mais importante foi a atuação quase perfeita da Alemanha. “O número de gols não foi a única coisa importante e, sim, o controle que o time teve até o fim”, disse o artilheiro, que também se solidarizou com os brasileiros. “Sei que foi difícil para eles buscarem motivação depois de sofrer tantos gols no primeiro tempo. Foi um dia muito difícil para os brasileiros”, constatou.

Mesmo comemorando muito o feito, Klose sabe que a marca não deve durar muito tempo. Com apenas 24 anos e disputando a sua segunda Copa do Mundo, o também alemão Thomas Müller já se aproxima do recorde do seu compatriota. Com o tento anotado ontem diante do Brasil, o atacante do Bayern de Munique chegou a dez.

O técnico alemão Joachim Löw fez questão de parabenizar Klose. “É um registro que significa muito, não só para o Miroslav, mas para todos nós. Quem marca tantos gols em tantas fases finais, é porque tem qualidades especiais. O que conseguiu hoje (ontem) é fantástico”.