A Prefeitura de São Bernardo está instalando três câmeras de videomonitoramento na Rua Senador Flaquer que irão ajudar na inibição de furtos no Cemitério da Vila Euclides, um dos mais tradicionais da região. Em dezembro, o Diário denunciou que 476 túmulos haviam sido violados por criminosos interessados em vender os metais, principalmente bronze. Portas foram arrombadas e até as letras com os nomes das famílias, muitas delas parte da fundação da cidade, foram levadas.

A administração municipal destacou que os equipamentos fazem parte de projeto do Centro Integrado de Monitoramento, no qual estão sendo instaladas 400 câmeras em pontos estratégicos da cidade, como principais avenidas e ruas, escolas municipais e divisas com outros municípios. O contrato para implementação já foi assinado, com custo de cerca de R$ 20 milhões.

Um dos túmulos violados pelos ladrões foi o da família da pensionista Maria Elizabete Scopel, 54 anos. Seu pai, Mário Scopel, está enterrado no local. “Eles levaram o portão do túmulo. Tive que mandar fazer um novo, mas agora fiz de vidro para evitar mais furtos.” O prejuízo foi de R$ 500, mas poderia ter sido maior caso eles tivessem levado os vasos de bronze do túmulo. “No passado já roubaram o vaso grande que tinha lá, então, eu tirei os dois menores e escondi.”

Maria Elizabete considera a falta de segurança no cemitério um insulto para as famílias da cidade. “Estão sepultados aqui muitos dos italianos que ajudaram São Bernardo a ser o que é hoje.” Entre eles, integrantes das famílias Vertamatti, Caputo, Sabatini, Pinotti, Demarchi, Ducca, Magnani e Angeli. Até mesmo o túmulo do ex-vereador José Ginez Ramble, mais conhecido por Tudo Azul, foi violado.

A pensionista tem dúvidas sobre a eficácia das câmeras. “Vou esperar para ver e dar minha opinião.”