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Bush não descarta ação militar contra o Irã
Do Diário OnLine
Com AFP
18/01/2005 | 08:45
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou a assustar o mundo. Em entrevista à rede de TV norte-americana NBC, Bush confirmou que existe a possibilidade de uma ação militar (invasão) contra o Irã caso fracasse a tentativa de persuadir este país a suspender a produção de armas nucleares. "Espero que possamos resolver este problema de uma maneira diplomática, mas nunca descartaria nenhuma opção", disse Bush.

O presidente foi consultado a respeito do Irã depois que uma reportagem da revista New Yorker informou que oficiais americanos estariam em missões nesse país desde meados de 2004 com o objetivo de rastrear locais suspeitos de armazenar armas para a execução de eventuais ataques aéreos. O Pentágono reagiu afirmando que a reportagem está cheia de erros.

Em outra entrevista, esta para a rede ABC, Bush declarou que os EUA não perderam a credibilidade após a comprovação da ausência de ADM (armas de destruição em massa) no Iraque. Bush foi questionado se pensava que, depois de ter afirmado em vão que o Iraque tinha ADM, o mundo acreditaria em Washington no caso de acusações similares contra outro país.

"Obviamente, vocês sabem que se tivéssemos que nos lançar em um tema que precise de uma ação concertada da comunidade internacional contra outro país, gostaríamos de ter um cuidado especial nas justificativas que apresentaríamos. Porém, acredito que as pessoas reconhecem até que ponto Saddam Hussein era alguém mau", declarou Bush.

Apesar das infrutíferas buscas americanas por ADM no Iraque, o presidente dos Estados Unidos voltou a afirmar que Saddam "tinha a capacidade de fabricar armas, em outras palavras, continuava sendo um homem perigoso". Bush disse que com as informações que possui hoje, teria tomado a mesma decisão de declarar guerra contra o regime do ex-ditador iraquiano.

Rússia - Na entrevista à ABC, Bush disse ainda que aguarda ansiosamente pela reunião que terá com o presidente russo, Vladimir Putin, em fevereiro. Durante o encontro pretende abordar o tema dos valores ocidentais da democracia. "Putin tomou algumas decisões sobre as quais tenho que falar com ele. Porém, minha esperança é que ele ainda tem esta noção, este conceito, que os valores ocidentais de democracia são muito importantes para o futuro de seu país", disse.




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