O presidente americano, George W. Bush, alertou nesta terça-feira, em seu discurso anual ao Congresso sobre o Estado da União, para o "crescente perigo" dos extremistas xiitas, ao ressaltar que o fanatismo islâmico não se limita aos extremistas sunitas da Al-Qaeda.

"A Al-Qaeda e seus seguidores são extremistas sunitas", afirmou Bush. "Estes homens não são dados a palavras vãs e são apenas uma parte do movimento islâmico radical", frisou, ao justificar sua impopular decisão de enviar mais 21.500 soldados ao Iraque.

"Nos últimos tempos, também ficou claro que enfrentamos um crescente perigo de extremistas xiitas que também são hostis ao Ocidente e estão determinados a dominar o Oriente Médio", acrescentou o presidente, reiterando sua idéia de que a guerra antiterrorista "é um decisivo combate ideológico".

Ao falar dos xiitas, Bush assegurou que "muitos recebem ordens do regime iraniano, que financia e arma terroristas como o Hezbollah, o segundo grupo que causou mais mortes de americanos depois da Al-Qaeda".

"Os extremistas xiitas e sunitas são as diferentes faces da mesma ameaça totalitária", insistiu Bush, acrescentando que "os Estados Unidos não devem fracassar no Iraque".