Para ajudar parentes e amigos das vítimas do vôo 3054 da TAM a lidar com a perda repentina, o Departamento de Enfermagem da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) abriu atendimento terapêutico às pessoas envolvidas de alguma maneira na tragédia.
Funcionários da TAM e moradores do entorno do aeroporto de Congonhas também podem procurar atendimento.
“É um tipo de luto diferente porque não é autorizado.Ninguém estava esperando”, diz a coordenadora do curso de Intervenção e Prática Sistêmica com Família da Unifesp e terapeuta familiar, Ana Horta.
Dor, sofrimento, revolta, medo, culpa. A especialista explica que sentimentos como esses serão comuns agora. “Mas a fase de negação pode complicar o luto”, alerta a terapeuta.
O grupo de atendimento a famílias em crise da Unifesp existe há quatro anos. Luto e perda são alguns dos temas desenvolvidos. “A gente não pode deixar isso (o acidente) passar em branco”, acredita Ana Horta.
A especialista conta que a mãe de uma comissária de bordo procurou pelo serviço. Sua filha perdeu colegas no acidente e ambas tentam lidar com isso.
A terapeuta explica que reconhecer o corpo faz parte do processo de luto. “Isso não é obrigatório, é somente para quem achar que vai dar conta. Concretizar (reconhecer o corpo ou obter objetos pessoais) é importante para poder se despedir, perdoar e ser perdoado”, comenta Ana Horta. “Se você vive o luto, consegue seguir em frente, voltar a fazer planos”, diz.
O atendimento terapêutico a familiares das vítimas é gratuito e deve ser agendado pelos telefones 5084-4698, 5539-6784 (secretária eletrônica) ou pelo e-mail anahorta@denf.epm.br. É preciso deixar nome e telefone para contato posterior.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.