Sem carro para vencer, Lewis Hamilton teve sua atuação mais discreta no ano mas, mesmo assim, manteve a seqüência de pódios em todas as corridas que disputou na F-1. Foi seu oitavo consecutivo, igualando a maior seqüência já obtida por Ayrton Senna — entre os GPs do México e da Bélgica de 1988, também em sua temporada de estréia na McLaren. O recordista é Michael Schumacher, com 19 pódios seguidos entre os GPs dos EUA de 2001 e do Japão de 2002.

“Não larguei bem e tentei acompanhar Kimi, mas não deu. Aí, o importante era correr pelo pódio”, falou o inglês, que ampliou sua liderança no campeonato de 10 para 14 pontos em relação a Fernando Alonso. Hamilton foi o único a parar três vezes. “A gente mudou a estratégia no meio da corrida para evitar problemas com tráfego”, explicou.

Alonso, que largou em décimo depois de ter problemas de câmbio na classificação, terminou em sétimo e foi o piloto que mais teve trabalho na corrida. Duelou com Heidfeld e Fisichella, passou os dois na pista, mas perdeu as posições nos pit stops. “Estou lutando pelo título, por isso vou sempre fazer tudo que puder sem me importar em assumir riscos”, desabafou o espanhol.

Para Alonso, a diferença para Hamilton na tabela não é um problema. “Já tive uma quebra e fui prejudicado pelo safety-car no Canadá. Ele ainda não teve dificuldade nenhuma. Um probleminha que ele tiver é o suficiente para eu encostar de novo”, aposta o bicampeão. “Alonso foi o homem da corrida”, elogiou o chefe Ron Dennis, que faz de tudo para manter alto o moral de seu piloto.

SAUBER BATE RECORDE
Quarto lugar com Kubica, quinto com Heidfeld. Assim, a BMW Sauber marcou nove pontos, seu recorde para um GP. Nick, com 30 pontos, já tem o dobro do que conseguiu em seu melhor ano, 2005, pela Williams. “É um dia fantástico”, comemorou o chefe Mario Theissen. “Poderia fazer outra corrida de novo”, emendou Kubica, que voltou a correr após o acidente do Canadá.