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Vai mudar o jeito de fazer as compras

Quando surgiram os primeiros supermercados no País, a população costumava fazer compras mensais

Wilson Marini
06/05/2013 | 00:00
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Quando surgiram os primeiros supermercados no País, a população costumava fazer compras mensais. Consumidores lotavam carrinhos nos corredores, que demoravam para passar nos caixas. Um dos motivos era planejar para enfrentar a inflação dos preços. Trinta dias poderiam fazer diferença no total da compra. Hoje, o consumidor vai em média de três a quatro vezes ao supermercado por semana, segundo a última pesquisa de comportamento divulgada no setor. Muita coisa mudou, além disso, nos hábitos dos consumidores, como o sistema de pagamento que vai aposentando o cheque, dando lugar aos cartões. Nos próximos anos deve acontecer uma revolução no jeito de fazer compras.

Pacotes

 Toda família, ou mesmo consumidores individuais, tem na cabeça uma espécie de cesta básica mensal com a marca preferida - arroz e feijão, sucos, produtos de limpeza, etc. Os supermercados passarão a oferecer a alternativa de o cliente cadastrar a sua lista básica (e atualizá-la) e passar pela loja para pegar o pacote pronto. Na loja, complementará a compra com o que eventualmente se lembrou no caminho e os alimentos, que dependem de escolha no local. Vantagem do novo sistema - economia de tempo. O consumidor do pacote pronto evitará andar pelos corredores e gôndolas examinando itens que são sempre os mesmos.

Autosserviço

Até os anos 1980, antes da informatização e da internet, os bilhetes aéreos eram de papel. As tradicionais "passagens", ainda utilizadas em ônibus intermunicipais, foram substituídas por códigos localizadores. De início essas senhas tinham de ser apresentadas no balcão da companhia aérea no aeroporto. Hoje, já é possível fazer o check-in pelo celular e embarcar sem passar pelo controle do balcão. Esse tipo de consumidor já treinado para a automação aceitará bem uma outra inovação que deverá chegar em breve aos supermercados brasileiros: o caixa de autosserviço.

Autosserviço (2)

Nas bombas dos postos de combustíveis a ideia não prosperou no Brasil, mas os supermercadistas acreditam que é questão de tempo para que uma parte dos consumidores prefira registrar as suas compras e pagar a conta, sem a necessidade do caixa. Nos Estados Unidos e Europa, esse tipo de transação já é responsável por uma fatia de 10% a 15% das vendas nos supermercados. Para que os caixas rápidos de autosserviço sejam criados, as empresas terão de investir em sistemas de controle, ainda importados, e fazer mudanças físicas nas lojas.

Food service

Outra tendência nos supermercados será o aumento da oferta de alimentos prontos para serem consumidos no lar - lavado, picado, cozido, pré-cozido, pré-assado. Mudanças sociais no perfil das famílias e até na arquitetura das casas (a cozinha mais próxima da sala) farão com que as pessoas passem a preparar mais rapidamente os alimentos, deixando tarefas que seriam da empregada doméstica para o supermercado. "Nos próximos cinco anos quem vai dominar esse segmento são os supermercados, porque nós temos a matéria-prima com custo menor, o público dentro das lojas, dominamos alguns setores (açougue, padaria, frios e hortifruti)", afirma o presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), João Galassi, que aposta no crescimento de uma alternativa de compras que qualifica como "alimentação produzida fora do lar" no qual os supermercados serão os grandes propulsores.




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