"Não acho que seja uma decisão sábia", disse Solana, em entrevista no local onde acontece a Cúpula Européia, em Bruxelas. "Por um lado, os Estados Unidos dizem a alguns países que não podem participar dos contratos para a reconstrução do Iraque e, ao mesmo tempo, pedem aos mesmos países que colaborem e dêem dinheiro para a reconstrução", afirmou o representante europeu.
Na União Europeia, os países afetados pela decisão americana são, basicamente, França e Alemanha, que, junto com a Rússia, tiveram uma atitude de total rejeição na ONU à intervenção militar dos EUA no Iraque. Solana acredita, porém, que a decisão americana não representa um perigo de divisão entre os Estados membros do bloco.
O alto representante se referiu também ao acordo sobre defesa européia que foi definitivamente estipulado nesta sexta na cúpula dos Quinze.
"Acho que são boas notícias para a Europa e para a estabilidade no mundo", frisou Solana, lembrando que a UE "é um importante ator do cenário internacional e deve tomar suas responsabilidades como tal e de forma coletiva".
França, Alemanha e Reino Unido apresentaram o acordo aos seus sócios europeus para dotar a UE de uma célula de planejamento militar destinada a operações autônomas à margem da Otan.
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