O governo do Estado anunciou ontem programa social que vai beneficiar 20 mil responsáveis de alunos matriculados nos colégios estaduais. Chamada de Bolsa do Povo Educação, a iniciativa vai selecionar familiares dos estudantes para prestar apoio geral às escolas, com benefício de R$ 500 por mês durante seis meses. Eles vão atuar principalmente no acompanhamento de protocolos sanitários, garantindo o retorno presencial seguro para estudantes e funcionários a partir do segundo semestre.

“O Bolsa do Povo Educação é mais um programa da rede de proteção social do governo do Estado de São Paulo, que já beneficia hoje 2 milhões de pessoas em situação de alta vulnerabilidade”, comentou o governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa.

As inscrições serão abertas na segunda-feira e vão até o dia 31 de julho por meio do site www.bolsadopovo.sp.gov.br. A medida faz parte de uma série de anúncios recentes do governo do Estado para o enfrentamento das condições adversas geradas por conta da pandemia do coronavírus.

De acordo com o governo estadual, o programa tem como principal objetivo auxiliar as famílias a superar os desafios educacionais e financeiros provocados pela pandemia da Covid-19 e ampliar o envolvimento de toda a comunidade escolar, reforçando vínculos entre alunos, professores e servidores da educação, além de gerar novos postos de trabalho, mesmo que de forma temporária.

Com a medida, o governo de São Paulo espera proporcionar novas ocupações aos responsáveis, ampliar a qualificação profissional, gerar renda para parte da população desempregada e aumentar as equipes escolares, mobilizando mais pessoas em prol da educação.

“O programa é uma medida muito importante, tanto para as escolas quanto para as famílias que mais precisam. Temos trabalhado muito no governo de São Paulo para apoiar a todos, na área social, inclusive na alimentação escolar, servindo marmitas para os alunos”, afirmou o secretário Estadual da Educação, Rossieli Soares.

Para participar do programa é necessário estar dentro de alguns critérios como ser responsável legal por aluno da rede estadual (um responsável por família); estar desempregado há pelo menos três meses; ter entre 18 e 59 anos; morar próximo à unidade escolar (raio de dois quilômetros).

De acordo com o governo do Estado, ainda é esperado que o concorrente esteja cadastrados no CadÚnico; seja mãe de aluno da rede estadual; tenha filho estudando na escola de interesse. Será levada em consideração ainda a proximidade entre endereço residencial e escola.

Após as inscrições, os candidatos selecionados serão entrevistados pelas próprias unidades de ensino. Depois da aprovação dos colégios, as diretorias de ensino vão fazer a validação para efetivar contratações a partir de 16 de agosto.