Setecidades Titulo Habitação
CDHU entrega conjunto no Jd.Ipanema em 45 dias

Apartamentos terão padrão diferenciado e são avaliados em R$ 350 mil pelo mercado

Ana Beatriz Moço
Do Diário do Grande ABC
27/05/2021 | 07:00
Compartilhar notícia
André Henriques/ DGABC


Agentes da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) realizaram ontem vistoria técnica do Conjunto Habitacional Santo André K, no Jardim Ipanema, que deve ser entregue em 45 dias. Os 260 apartamentos, de 60 metros quadrados, vão beneficiar famílias retiradas em 2009 de áreas de risco do Jardim Santo André.

A visita contou com a presença do presidente da CDHU, Reinaldo Iapequino, e do secretário executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni, além do chefe da pasta de Habitação e Regularização Fundiária de Santo André, Rafael Dalla Rosa, e o vice-prefeito, Luiz Zacarias (PTB).

Iniciada em outubro de 2018, a obra tinha previsão para ser entregue em 24 meses, porém, conforme funcionários da ECG (Engenharia Construções e Geotécnica), empresa responsável pelo empreendimento, atrasou devido à pandemia.

O conjunto terá modelagem inovadora. Além do apartamento mais amplo, o imóvel foi construído de forma adaptada, com portas e espaços largos nos dois quartos, banheiro, sala, cozinha, área de serviço e sacada. São cinco torres com 15 andares, com quatro apartamentos e dois elevadores por pavimento. O condomínio conta com 162 vagas de estacionamento, playground e, durante a vistoria, acompanhada pela vereadora Ana Veterinária (DEM), foi aprovada a construção de área pet.

“Esse é o primeiro conjunto de Santo André com essa estrutura, sendo mais alto e com elevadores. É novo conceito de moradia, com mais qualidade. Cada apartamento foi avaliado em R$ 350 mil pelo custo de mercado”, disse o presidente da companhia, Reinaldo Iapequino.

O empreendimento foi construído em área da CDHU que estava ociosa, conforme explicou Marangoni. “A entrega é um marco. Estamos mostrando que é possível ter padrão de habitação de qualidade, como os que se compra no mercado”, disse.

Marangoni frisou que a estrutura buscou inovar inclusive a parte externa, com sacadas e janelas panorâmicas, diferenciando os novos modelos dos apartamentos sociais construídos anteriormente. “O apartamento está saindo, em média, R$ 130 mil de custo, ou seja, é até mais barato para o poder público que as unidades do Minha Casa, Minha Vida, e que são de padrão inferior”, salientou Marangoni. A CDHU investiu R$ 32,9 milhões no empreendimento.

O secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Santo André, Rafael Dalla Rosa, contou que a obra promove valorização do Jardim Ipanema. “Temos especulação de empresas querendo vir para cá construir. A obra do empreendimento trouxe o interesse de empresas privadas”, revelou, explicando que a pasta também é responsável por alvarás para novas construções na cidade. Dalla Rosa celebrou as obras habitacionais em andamento, além do convênio estadual com o Cidade Legal, onde o município está regularizando 14 assentamentos, ultrapassando a marca de 3.300 unidades.

Marangoni diz que obras do Di Thiene devem começar até o fim do ano

O secretário executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni, disse ontem que pretende iniciar a construção de novas habitações para as 102 famílias que moravam no Edifício Di Thiene, no bairro Fundação, em São Caetano, até o fim do ano. O prédio desabou parcialmente há dois anos e depois foi demolido pela Prefeitura de São Caetano.

O chefe da pasta explicou que a Prefeitura já separou a área para construção, porém, afirmou que o terreno pertence à Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia no Estado. “Na semana que vem tenho reunião marcada com o (deputado estadual) Thiago Auricchio (PL) e o pessoal da Enel. Já temos orçamento, mas o local está em nome da concessionária e precisa passar para a Prefeitura, o que já está pactuado há anos, mas até agora não conseguiram desenvolver a documentação”, disse Marangoni. “Só estamos aguardando a transferência de posse para iniciar as obras. Acredito que em até 60 dias tenhamos essa questão resolvida. Quero iniciar as obras este ano”, completou.

A cobrança das famílias para que o poder público cumpra a promessa de entregar nova moradia vem se intensificando. O acidente do prédio foi em junho de 2019, quando a Defesa Civil interditou o endereço devido ao risco de novos desabamentos. Em março deste ano, cerca de 40 pessoas protestaram em frente ao terreno, na esquina das ruas Conde Francisco Matarazzo e Heloísa Pamplona, pedindo que o auxílio aluguel, disponibilizado pela Prefeitura por 18 meses, fosse ampliado, já que o governo não havia apresentado desfecho concreto sobre local e data para as obras de novo empreendimento. Já no dia 1º de maio cerca de 100 famílias invadiram o local, mas a Justiça determinou a reintegração de posse no dia 12, que ainda não foi cumprida. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;