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Servidores de São Bernardo recorrem às bicas para beber água
Verônica Fraidenraich
Do Diário do Grande ABC
21/06/2005 | 08:02
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As poucas bicas e poços artesianso de São Bernardo estão socorrendo os servidores municipais que agora têm de garantir o próprio consumo de água, já que a Prefeitura suspendeu há um mês os 48 contratos com empresas fornecedoras de água mineral. A medida faz parte da contenção de despesas determinada pelo prefeito William Dib e representa economia de R$ 67 mil ao ano.

As fontes mais procurados pela população, inclusive por funcionários da Prefeitura, são os poços localizados na Termomecânica I e II, na praça Luiz Tamagnini e na rua João Daprat. Há também um poço dentro de uma empresa que vende água, na avenida Robert Kennedy, 1.330, e outro, de acesso restrito aos sócios, na Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo.

No poço da Termomecânica II, na rua João Daprat, o Diário encontrou guardas civis municipais enchendo um galão de 20 litros e dois de 10 litros que seriam levados para colegas que trabalham em um dos parques da cidade. O guarda não quis se identificar, mas contou que ficará a cargo do pessoal das rondas buscar água. “Sempre que acabar, uma das viaturas em serviço terá que pegar”. Outro guarda, que também preferiu não dar o nome e recorria ao poço pela segunda vez, disse não ser atribuição deles esse tipo de serviço. “Mas o que a gente pode falar, medida é para ser cumprida”. A água, segundo os funcionários, seria suficiente para uma semana. A Prefeitura afirma que os guardas são do setor administrativo e que a tarefa de buscar água não afeta as rondas.

Dois funcionários do Departamento de Engenharia de Tráfego do município também encheram dois galões de água no mesmo local.

A Prefeitura diz ainda que escolas, centros esportivos, unidades de saúde e a maior parte dos prédios públicos municipais possui bebedouros.




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