O número de agências bancárias paradas no Grande ABC, ontem - quarto dia de greve - mostra aumento de 13% em relação aos dias de paralisação da semana passada. Cerca de 1.800 trabalhadores do sistema financeiro cruzaram os braços, o que representa 113 bancos fechados (do total de 350). A categoria, composta por 7.000 funcionários na região, espera nova proposta da Fenaban (Federação dos Bancos).

Ontem, o Sindicato dos Bancários do ABC concentrou suas atividades nas agências de São Bernardo. "Quando não se tem propostas plausíveis, a única opção que resta aos trabalhadores é de manter a atividade grevista", afirma o secretário-geral do sindicato regional, Eric Nilson.

Por esse motivo, o comando nacional dos bancários se reuniu ontem para avaliar a paralisação da categoria e definir as próximas estratégias. Hoje é a vez dos funcionários da região participarem de plenária, a fim de avaliar as mobilizações e os passos seguintes. O ato acontecerá na sede do sindicato (Rua Xavier de Toledo, 268, Centro/Santo André), às 16h.

Segundo o sindicato regional, a greve cresceu em todos os 27 Estados do País. Na sexta-feira somavam 6.215 locais paralisados. Até o fechamento desta edição, o saldo de agências e centros administrativos não havia sido divulgado.

REIVINDICAÇÕES
Com proposta patronal de 4,29% de reajuste salarial, dentre outras discussões sem avanços, os bancários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em todo território nacional.

Entre as principais exigências da categoria estão aumento dos salários de 11% (inflação do período mais aumento real), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4.000, elevação do piso salarial, entre outros. Além disso, a classe trabalhista pede previdência complementar para todos.