O presidente americano, George W. Bush, afirmou nesta sexta-feira, ao receber na Casa Branca seu colega sul-coreano Roh Moo-Hyun, que os Estados Unidos e a Coréia do Sul "têm a mesma posição" sobre a Coréia do Norte, a quem pedem que renuncie a seu arsenal nuclear.

Bush reafirmou que a Coréia do Norte deveria retornar à mesa de negociações com a China, a Coréia do Sul, os Estados Unidos, o Japão e a Rússia, sem no entanto adiantar uma data precisa para a retomada do diálogo entre os seis países, suspenso há um ano.

Os dois dirigentes destacaram que Estados Unidos e Coréia do Sul eram parceiros estratégicos. "Não há divergências entre Washington e Seul sobre os princípios básicos", afirmou Roh. Porém, o presidente sul-coreano mencionou desacordos entre os dois países sobre "um ou dois pontos sem importância", e se declarou confiante. "Seremos capazes de resolvê-los facilmente pelo diálogo", disse.

Washington e Seul apresentam diferenças sobre a maneira de encarar o problema nuclear norte-coreano. Os Estados Unidos sustentam que se as negociações não forem retomadas rapidamente a questão deve ser levada perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas, que poderá decretar sanções econômicas contra o regime stalinista de Pyongyang. Entretanto, Bush não reiterou esta advertência nesta sexta-feira.

Já a Coréia do Sul preconiza uma atitude mais prudente, num momento em que Pyongyang e Seul têm previsto retomar negociações bilaterais em nível ministerial entre os dias 21 e 24 de junho na capital sul-coreana, pela primeira vez em 10 meses. "A Coréia do Sul e os Estados Unidos compartilham um mesmo desejo: o de uma península coreana sem armas nucleares", afirmou Bush.

Mais de trinta mil militares americanos estão posicionados na Coréia do Sul desde o fim da guerra da Coréia (1950-1953). Bush apresentou nesta sexta-feira as condolências a Roh por um acidente envolvendo um veículo militar americano que causou a morte de uma sul-coreana.