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Condoleezza Rice é sabatinada no Senado para assumir cargo de Colin Powell
Da AFP
18/01/2005 | 11:29
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Condoleezza Rice enfrenta a partir desta terça-feira dois dias de duras perguntas por parte dos senadores sobre sua influência na política dos Estados Unidos no Iraque, antes de seu nome ser ratificado como secretária de Estado, o que já é considerado um fato.

Rice, que no primeiro mandato de George W. Bush exerceu a função de conselheira de Segurança Nacional, substituirá o atual secretário de Estado Colin Powell assim que o Comitê de Relações Exteriores do Senado confirmar sua nomeação na quarta-feira. A audiência de confirmação de Rice é a primeira dos 11 novos membros do gabinete designado por Bush para seu segundo mandato, que começará na quinta-feira.

A oposição democrata no Comitê espera que Rice responda às acusações feitas pelo ex-assessor da Casa Branca, Richard Clarke, que apontou sua incapacidade para prever a ameaça que a rede terrorista Al Qaeda representava antes de 11 de setembro de 2001.

Rice, 50 anos, foi a primeira mulher a ocupar o complicado cargo de assessora do presidente para Segurança Nacional e agora também estabelecerá um novo marco, caso se confirme a nomeação, como a primeira mulher negra responsável pela condução da política externa dos Estados Unidos. "O secretário de Estado é a face visível ao mundo," disse Bush em novembro, quando anunciou a indicação. "E na doutora Rice, o mundo verá a fortaleza, a elegância e a decência de nosso país".

Considerada uma personagem ‘strela’ da administração americana, que soube articular, em várias ocasiões, a política da Casa Branca em relação ao público e à imprensa americana, passará a ter uma responsabilidade ainda maior. Se for confirmada pelo Senado, passará da coordenação do Conselho de Segurança Nacional composto por 240 pessoas à administração do Departamento de Estado, com quase 20 mil funcionários e operações em escala mundial.

"Condoleezza Rice tem extraordinário talento e um espectro de experiências para assumir suas novas responsabilidades como próxima secretária de Estado", afirmou Disck Lugan, republicano que preside o Comitê de Relações Exteriores do Senado, que ressaltou sua transcendência para a Casa Branca como "una confidente essencial na política externa para o presidente Bush".

Rice é considerada uma das confidentes do presidente, uma relação que preocupa alguns críticos, que temem que a mesma seja tão íntima que não lhe permita ter uma visão crítica da política externa do país. De todos os modos, seus vínculos estreitos com o presidente geram a esperança entre a comunidade internacional de que Washington dará mais ênfase à diplomacia durante o segundo mandato de Bush.

Para muitos analistas, Powell, apesar de seu papel de protagonista, foi muitas vezes marginalizado pelos "falcões" no Pentágono, em especial no que diz respeito à situação no Iraque.




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