Vereadores em Diadema, José Zito da Silva, o Zezito, e Reinaldo Meira, que estão sem partido desde março após expulsão do PR, confirmaram ontem que protocolaram suas defesas na Justiça Eleitoral contra o pedido da cadeira por parte do presidente do PR, vereador Luiz Paulo Salgado.

Dirigente republicano em Diadema, Salgado destacou que Meira e Zezito desrespeitaram a Lei de Fidelidade Partidária, enquanto os dois defendem tese de que foram expulsos pelo ex-presidente do PR e atual secretário de Transportes do governo Lauro Michels (PV), José Carlos Gonçalves, destituído da presidência, mas ainda filiado à legenda republicana.

“Fomos notificados na segunda-feira e tínhamos prazo de cinco dias para protocolar defesa. Foi o que fizemos. Não teve infração”, alegou Zezito.

Compartilhando discurso, Meira rechaçou possibilidade de manobra política, que foi bastante aventada pelos corredores da Câmara. “Fomos expulsos, sob o argumento de que o diretório precisaria passar por reformulação. Não participamos de nada ilegal”, defendeu.

Zé Carlos assinou a expulsão de Meira e Zezito dias antes de ser retirado da presidência do PR, porém, manteve alinhamento político com os vereadores, o que motivou ação judicial dos republicanos.

Os três estão próximos de se filiarem no PPS. Pela Lei da Fidelidade Partidária, um parlamentar não pode trocar de partido sem justa causa – manobras na legislação também são condenadas.

Caso a Justiça aceite pedido de Salgado, serão alçados ao Legislativo os suplentes Geraldinho Sapopema e Genilson Sena, que permaneceram filiados à legenda. Os também suplentes Audair Leonel, Milton Paladar, Jerry Bolsas, Jailson Nobre e Pastor Abraham já deixaram o partido.