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Bicampeão com a Seleção, Zito é enterrado em Roseira

Ex-volante do Santos morreu no fim da noite de domingo por insuficiência respiratória

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
16/06/2015 | 07:00
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Estadão Conteúdo


Foi enterrado ontem em Roseira, no interior do Estado, o corpo do ex-volante José Ely de Miranda, conhecido como Zito, que atuou entre 1948 e 1951 no Taubaté e entre 1952 e 1967 no Santos, pelo qual foi alçado à condição de estrela do futebol brasileiro.

Zito morreu no fim da noite do domingo por insuficiência respiratória, segundo familiares, aos 82 anos. Ano passado, ele havia ficado 32 dias hospitalizado por conta de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico, tendo ficado parte do período na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Mesmo em casa, o ex-atleta continuou recebendo atenção médica.

O velório ocorreu na manhã de ontem no cemitério Memorial, em Santos, de onde o corpo partiu para o Estádio da Vila Belmiro, local no qual houve queima de fogos em sua homenagem. Depois, seguiu para Roseira, sua cidade de natal, para ser enterrado no cemitério municipal, já no fim da tarde, com a presença de familiares, amigos e habitantes do município.

Zito foi um dos jogadores que mais brilharam no futebol brasileiro. Revelado no Taubaté, logo chamou atenção do Santos, para o qual se transferiu em 1952. Ele foi um dos primeiros atletas do lendário time do Santos a chegar ao clube. Antes da era Pelé, em 1955, conquistou o Campeonato Paulista ao lado de Pepe, outro notável jogador da época, curiosamente, com vitória por 2 a 1 sobre o Taubaté, clube que o revelou.

A partir de 1956, já com Pelé na equipe, o Peixe passou a conquistar quase todos os títulos que disputava. Atuando como xerife no meio, Zito foi octacampeão paulista, pentacampeão brasileiro, tetra do Torneio Rio-São Paulo, bicampeão da Libertadores e bicampeão mundial vestindo a tradicional camisa 5, que designava, à época, o médio recuado.

Em 1955, passou a ser convocado para a Seleção Brasileira, pela qual disputou três Copas e foi bicampeão mundial em 1958 e 1962, ocasiões nas quais comandou o meio campo ao lado de Didi. No segundo título, ele fez um gol na final contra a Tchecoslováquia – foi o tento da virada sobre os europeus, que acabaram derrotados por 3 a 1, no Chile. Foi um dos três gols que ele marcou em 50 jogos com a amarelinha.

Zito também era conhecido pelo apelido de ‘gerente’ por ser o porta-voz do técnico Luís Alonso Peres, o Lula, no campo. Além disso, não deixava a equipe relaxar e distribuía broncas a todos, inclusive Pelé, por erros em jogadas.




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