Política Titulo Trapalhada
Acordo entre Maurício Soares e G-13 faz petistas baterem cabeça

Ajuste no número de requerimentos deixou governistas de S.Bernardo perdidos na Câmara

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
17/03/2011 | 07:12
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Na estreia efetiva do secretário de Governo de São Bernardo, Maurício Soares (PT), ontem, a bancada de sustentação do prefeito Luiz Marinho (PT) bateu cabeça. A primeira intervenção foi firmar acordo com quatro vereadores integrantes do G-13 - Ary de Oliveira (PSB), Antônio Cabrera (PSB), Gilberto França (PMDB) e Otávio Manente (PPS) - no intuito de reduzir quantidade de requerimentos de informações. Com o pacto sacramentado, os governistas ficaram a ver navios.

Dos 54 requerimentos que o grupo de oposição, acrescido ao de centro, pretendia colocar para crivo parlamentar, com o ajuste, 32 entraram para votação e receberam análise favorável, assim como um projeto do Executivo. O episódio deixou situacionistas indignados em virtude de, segundo eles, não terem noção do conteúdo dos pedidos.

"Queríamos saber o teor. Não dá para ser só requerimentos dos 13 (de oposição e centro), se também temos interesses? Ele (Maurício) não conversou conosco (sobre o acordo). Temos de afinar a viola para tornar a tratativa qualificada", criticou o petista Tião Mateus.

Nos requerimentos, em sua maioria, os parlamentares pedem informações sobre o andamento de obras e ações da administração, como novas linhas de ônibus, inclusão social e desativação do PS (Pronto-Socorro) do bairro Taboão.

Tião sustentou que um dos motivos que levaram à falta de entendimento se deve ao desencontro de agenda com o recém-empossado secretário. "Acho que passou da hora de ajustar ponteiros, nos reunirmos. Temos de entender os votos daqui que são eventuais. Isso ameniza animosidade."

Com a aprovação do projeto do Executivo, a Prefeitura fica autorizada a celebrar convênios para arrecadar fundos do Condeca (Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente) para realizar projetos na área.

Manente afirmou que o grupo apenas demonstrou gesto solidário em atender à solicitação do titular de Governo, classificando a alegação dos petistas de fraca. "Nossa parte, cumprimos. Fomos parceiros. Eles estão esperneando à toa. O problema foi que eles não esperavam nossa atitude."

Maurício, por sua vez, minimizou o fato, justificando que o PT tinha conhecimento do caso. "É estranho. O Tião foi quem me passou a carga de requerimentos. Pedimos só para analisarem a redução, pois estamos assoberbados de pedidos e o Executivo precisa de condições para responder. Os vereadores do PT têm vantagem, acesso livre no Paço."




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