A indefinição na chegada de reforços tem irritado até o presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo. Vários nomes foram comentados para reforçar o meio de campo e o ataque, mas até agora só vieram reforços para a marcação.

"Fico impressionado com a imaginação das perguntas. É sempre a mesma coisa", desabafou o cartola, questionado sobre a chegada de reforços. Ao ser lembrado que as perguntas se repetem porque ainda não chegaram os jogadores prometidos, minimizou. "Entendo. Mas eles vão chegar."

Belluzzo ainda alfinetou a torcida. "Não vamos trazer por trazer. Todo mundo acha que contratar jogador é como se fosse um consumidor em loja de departamento", comparou o dirigente, que revelou ser cobrado diariamente por palmeirenses. "Recebo e-mails de torcedores reclamando, mas eu falo: ‘meu filho, vem aqui no meu lugar para ver como é'".

O presidente admitiu que só um jogador não o faz desistir. "Estou cansado, mas não de tentar trazer o Kléber", disse ele, referindo-se ao atacante do Cruzeiro. "Mas não estamos negociando nada. É só vontade antiga."

Dois jogadores considerados cartas fora do baralho voltaram à tona. A situação mais adiantada é do atacante Ewerthon, do Zaragoza. Ele estava certo com o Betis, mas desistiu da transferência.

Ewerthon já acertou salários com a diretoria e agora tenta a rescisão de contrato. Os dirigentes do clube espanhol ficaram irritados com sua atitude e, por isso, podem dificultar a liberação. Por outro lado, deixando o atacante vir para o Palmeiras, irão economizar no pagamento do salário.

Outro reforço bem encaminhado, mas que não depende do clube, é o paraguaio Pablo Velázquez, do Libertad (Paraguai). A Traffic chegou a colocá-lo em uma lista de espera, já que o objetivo era o boliviano Marcelo Moreno (ex-Cruzeiro), que acabou indo para o Wigan (Inglaterra). Agora, sem a concorrência do mercado europeu, a diretoria aposta que eventuais negociações fiquem mais fáceis.