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UPA do Jardim Maringá será inaugurada em maio em Mauá

Obras ficaram paradas por 16 meses; unidade fará até 500 atendimentos ao dia

Por Drielly Gaspar
Especial para o Diário
03/04/2013 | 07:00
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Mauá vai inaugurar sua quarta UPA (Unidade de Pronto Atendimento), localizada no Jardim Maringá, em maio. O anúncio foi feito ontem pelo prefeito, Donisete Braga (PT), durante entrega de duas ambulâncias ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da cidade.

Segundo o prefeito, a unidade atenderá o eixo da Avenida Barão de Mauá, a região com maior número de habitantes da cidade, com 130 mil moradores. A estimativa é de que sejam atendidos entre 400 e 500 paciente por dia nas áreas de pediatria e clínica médica. Serão quatro especialistas trabalhando 24 horas.

A abertura ao público da UPA Jardim Maringá põe fim a imbróglio que se arrasta desde março de 2011, quando foi iniciada a construção do prédio. As obras foram embargadas pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) sob alegação de que a unidade estava sendo erguida em área de proteção permanente e impedia a regeneração natural da vegetação. A paralisação durou oito meses. O atraso provocou a desistência da empresa vencedora da licitação e outro edital teve de ser publicado. Os trabalhos foram retomados em outubro, 16 meses depois, o que trouxe alívio à vizinhança, já que o canteiro abandonado havia se transformado em ponto de encontro de usuários de drogas.

AMBULÂNCIAS
Ontem, a frota do Samu recebeu reforços. Um dos veículos é destinado ao atendimento de pequenas ocorrências e substituirá outro que já não servia mais para atender à população. O outro conta com UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e possui equipamentos para ocorrências como parada cardiorrespiratória, o que possibilita que a vítima chegue viva ao hospital.

A secretária de saúde de Mauá, Lumena Furtado, explicou que atualmente a frota de ambulâncias conta com sete veículos - cinco unidades básicas e duas avançadas - mas que, muitas vezes, nem todas podem operar por falta de manutenção. "Às vezes, em um mesmo dia, chegamos a ter três ou quatro veículos quebrados e não conseguimos, portanto, atender o que é preciso", reconhece Lumena.

A secretária afirma ainda que já foi solicitado ao Ministério da Saúde mais três ambulâncias de reposição e cinco novas e, com isso, espera-se que até o ano que vem toda a frota de atendimento básico seja renovada e ampliada.

Foi pedida também a compra de motolâncias. O veículo é pilotado por dois técnicos em enfermagem e possibilita a chegada rápida de socorro em localidades de trânsito intenso ou de difícil acesso. "Estamos colocando muita expectativa na chegada das motos para nos ajudar na redução do tempo de atendimento", diz Lumena. Com as motolâncias pode-se ganhar até seis minutos no socorro médico.

 

Educação ajuda Samu a melhorar atendimento

Trabalho de conscientização feito nas escolas e também durante os chamados da população tem ajudado o serviço de emergência a resolver um de seus maiores problemas: o recebimento de trotes e pedidos que não são de competência do 192. Segundo a coordenadora Geral do Samu em Mauá, Marta Magalhães Ataíde, são recebidos cerca de 1.600 chamados por mês. "Às vezes as pessoas chamam por causa de dor na perna, gripe, torcicolo", comenta.

Marta reforça a importância do projeto Samu na escola. O objetivo é transmitir às crianças a importância do atendimento feito. "Nós queremos que eles comecem a entender quando e por que acionar o Samu e também que é fundamental não passar trotes", explica. Acredita-se que, desta maneira, as crianças consigam transmitir em casa os ensinamentos e, assim, aumentar o conhecimento da população.




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