O setor industrial e a construção civil foram os destaques negativos em junho na região. O primeiro registrou o fechamento de quase 1.000 postos de trabalho com carteira assinada, enquanto a segunda teve o corte de 283 empregos, de acordo com levantamento do ministério.

A situação teria sido pior, não fossem as aberturas de vagas no comércio (196), serviços (765) e na administração pública (216) no mês.

Para a diretora do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo), Rosana Carnevalli, as construtoras brecaram os lançamentos de prédios de alto padrão e ainda aguardam a liberação de documentação e de recursos para empreendimentos populares.

Isso devido ao estímulo do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, voltado para a população de baixa renda. "Agora é que (os projetos) estão saindo do papel. Provavelmente teremos uma melhora na atividade no segundo semestre", afirmou.

MELHORA - Entre os três maiores municípios da região, Santo André foi o único que apresentou saldo positivo (de 357 vagas) no mês. Já havia registrado geração de vagas em maio (308).

Os números mensais ainda não foram suficientes para que houvesse desempenho favorável no acumulado do primeiro semestre. "Mas já sinalizam recuperação", assinalou o secretário municipal de Desenvolvimento e Ação Regional, Wanderlei Retondo.

Segundo o secretário, há outros dados favoráveis. De janeiro a maio, a administração municipal contabilizou, entre aberturas e fechamento de empresas, a instalação de 23 indústrias, 250 estabelecimentos comerciais e 600 empresas de serviços. Para ele, a proximidade do futuro trecho Sul do Rodoanel e o fato de o município ser um polo de mão-de-obra qualificada ajudariam para que isso ocorresse.