Política Titulo Ribeirão
Volpi alega que dívida é
a metade do anunciado

Ex-prefeito de Ribeirão Pires assegura que as pendências
somam R$ 22 milhões; caso foi parar no Ministério Público

Por Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
14/03/2013 | 07:00
Compartilhar notícia


O ex-prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi (PV) afirmou que a dívida deixada por ele gira em torno de R$ 22 milhões, praticamente metade do divulgado pela atual administração: R$ 41,4 milhões. O caso foi parar no Ministério Público. O verde alegou que o deficit financeiro foi causado por queda de arrecadação entre maio e dezembro do ano passado.

Volpi acusou a Prefeitura de listar dívidas negociadas e com pagamento previsto no Orçamento deste ano - estimado em R$ 241 milhões. O primeiro apontamento foi em relação ao precatório da Companhia Pastoril, no valor de R$ 1,1 milhão.

O verde recordou que negociou desconto de 50% nas parcelas porque não tinha condições de pagar o valor estipulado mensalmente. "O acordo está assinado na Prefeitura. Tive que mandar para o juiz. A outra metade (das parcelas) seria diluída ao longo de 12 anos", alegou.

A segunda dívida questionada pelo ex-prefeito e que aparece no relatório é com a AES Eletropaulo. No fim do ano passado, Volpi encaminhou projeto de lei que destinava a CIP (Contribuição de Iluminação Pública) para a concessionária. "O valor era de R$ 350 mil por mês. Tinha dificuldade de pagar a conta pública do mês, que equivale a R$ 300 mil", destacou o verde.

O prefeito Saulo Benevides (PMDB) revogou a lei por entender que a negociação não beneficia os cofres públicos. Segundo o Paço, a pendência com a concessionária é de R$ 1,7 milhão.

Volpi reiterou que a Lara é a maior credora do Executivo no ramo privado. A empresa cuida da coleta de lixo no município e ficou sem receber entre maio e dezembro, o que gerou pendência de R$ 3,5 milhões. "A dívida está prevista no Orçamento. Eles têm R$ 1 milhão para receber fora a parcela do serviço", explicou.

O ex-comandante do Paço destacou que cerca de 10% da receita prevista para este ano refere-se ao pagamento de dívidas. "Eu não tinha como parar os serviços. O Orçamento prevê todas as pendências. Não está especificado, mas estão denominados como serviços de terceiros de pessoas jurídicas", analisou.

Saulo declarou que o MP vai analisar as alegações de Volpi. "O ex-prefeito deixou restos a pagar e isso deverá ser avaliado. Houve algum erro administrativo", avaliou o peemedebista.

 

EXPLICAÇÕES

Volpi alegou que a arrecadação da Prefeitura registrou queda a partir de maio, o que culminou meses depois na interrupção de contratos referentes a serviços básicos de manutenção da cidade. "Começou muito cedo a queda na arrecadação e não podia cancelar os contratos. Tinha compromissos firmados. Quando cheguei em setembro paralisei muita coisa para não aumentar a dívida", considerou.

O ex-prefeito recordou que possui R$ 10 milhões de ISS (Imposto Sobre Serviços) para receber da SPMar, referente a obra do Trecho Leste do Rodoanel. "O Saulo tem que ir para cima para receber."

Volpi destacou que deixou cerca de R$ 9 milhões conveniados em caixa para continuidade das obras municipais como o Complexo Hospitalar, Centro Histórico.

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;