A crise financeira internacional não deve influir significativamente nos investimentos produtivos programados até 2011. Também não altera a expectativa de que a taxa de investimento atinja a meta oficial de 21% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, de acordo com avaliação de economistas da área de Pesquisas Econômicas do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). "A perspectiva de a taxa de investimento chegar a 21% do PIB continua sólida", diz Fernando Puga.

"Esperar restrição significativa não faz parte das nossas perspectivas", disse Marcelo Machado Nascimento. Ele comentou, porém, que pode haver redução de investimentos em prazo menor, mas acredita que isso depois será compensado. Puga concorda, mas lembra que a taxa de investimento já chegou a 18,5% no primeiro semestre deste ano e o ritmo foi acelerado no início do segundo semestre.

Os dois consideram que a taxa de investimento alcançará 19% do PIB ao final deste ano. "Com os investimentos já anunciados, e sem contar (as descobertas de petróleo) o pré-sal, a taxa chega a 21% em 2010. Boa parte são investimentos que já estão em andamento", diz Puga, que se refere ao levantamento do banco que mapeou investimentos de R$ 1,512 trilhão para serem realizados entre este ano e 2011 em diversos setores como indústria e serviços.