Economia Titulo Paralisação
Bancários ameaçam greve na região

Entre as reivindicações estão o aumento de 13,23% e PLR de três salários, mais valor fixo de R$ 3.500

Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
20/09/2008 | 07:03
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No próximo dia 23 os bancários do Grande ABC irão se reunir em plenária para discutir a eventualidade de uma paralisação. A idéia é pressionar os banqueiros a aceitar ou negociar suas reivindicações, explica Maria Rita Serrano, presidente do Sindicato dos Bancários do ABC.

Segundo Maria Rita, os trabalhadores da região sairão às ruas terça, quarta e quinta. "Depois que a Fenaban frustrou nossas iniciativas, a orientação foi intensificar as atividades para que eles pelo menos negociem. Queremos sensibiliza-los", afirmou.

Para ela, "diante das reais condições que os bancos têm em atender o que reivindicamos, não admitiremos essa postura inflexível na mesa de negociação. Prova disso são os elevados lucros divulgados recentemente. Está mais do que na hora de responder à altura e nos mobilizarmos para isso", enfatiza Maria Rita.

A reunião acontecerá na semana da mobilização, que vai de 22 a 29 deste mês em todo o País. Os bancários da região irão fazer manifestações nas cidades de Diadema e São Caetano. O ponto alto será no dia 25, com o Dia Nacional de Luta, que será seguido por assembléias em todo o País para decidir sobre a realização da greve.

Nas negociações gerais de toda a categoria, realizadas nos dias 16 e 17, os banqueiros disseram ‘não' para todas reivindicações dos bancários como PLR (Participação nos Lucros e Resultados), PCS (Plano de Cargos e Salários), fim das metas abusivas, aumento maior para os vales alimentação e refeição e para o auxílio babá/creche, auxílio-educação, auxílio-maternidade de seis meses. Para o sindicato, nada escapou da intransigência dos banqueiros e ainda propuseram a retirada de direitos no auxílio-creche, na aposentadoria e no vale-transporte.

Segundo a dirigente sindical, os banqueiros remarcaram para o dia 24 as negociações sobre as questões econômicas. Eles ficaram de apresentar nesse dia propostas para o índice de reajuste salarial, para o piso, para a PLR, além do que chamam de benefícios. Porém, já avisaram que não pretendem pagar reajuste maior nos vales refeição e alimentação, conforme está na minuta.

Os bancários reivindicam aumento de 13,23% (inflação mais aumento real de 5%), vale-alimentação e auxílio-creche de R$ 415; e vale-refeição de R$ 17,50 por dia. A PLR reivindicada é de três salários mais valor fixo de R$ 3.500, sem teto, nem limitador.

ASSÉDIO MORAL - A única reivindicação aceita até agora é sobre assédio moral. Segundo os sindicatos, muitos funcionários estão doentes e afastados por questão da imposição de metas abusivas nas instituições financeiras. A única rejeição é de manter o nome do acusado em sigilo. Nas primeiras negociações ficou estabelecido a implementação de uma política de combate ao assédio moral, reivindicado pelos bancários.




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