Ultrapassar o Fiat Idea nas vendas e, quem sabe, incomodar o líder Honda Fit. Com estes objetivos, a Chevrolet apresentou a linha 2009 do Meriva. O monovolume, de boa aceitação entre as mamães e boa parte dos frotistas, tem como principais novidades a adoção do motor 1.4 Econo.Flex e a inclusão do câmbio automatizado Easytronic como item de série para a linha com motor 1.8, flexível.

O custo-benefício parece ser a arma da montadora nesta guerra. Com propulsor de 1,4 litro, o Meriva chega nas versões Joy (R$ 45.790) e Maxx (R$ 47.790). Ambas oferecem de série direção hidráulica, ar-condicionado, travas e vidros elétricos, porém a Maxx tem alguns requintes a mais, como rodas de alumínio de 15'.

Já na motorização 1.8, o monovolume será comercializado em três versões: Expression (R$ 48.240), Premium (R$ 50.740) e SS (R$ 51.840). Freios com ABS e duplo air bag estão disponíveis como opcionais para toda a linha.

MOTOR
Com relação ao motor 1.4 Econo.Flex não há grandes novidades. Para falar a verdade, não há nenhuma. Ele é exatamente o mesmo que equipa há algum tempo as linhas Corsa, Prisma e Montana, com uma leve diferença na calibração.

Este ‘coração' entrega 99 cv e 105 cv a 6.000 rpm, quando abastecido com gasolina e álcool, respectivamente. O torque é de 13,2 mkgf com o derivado de petróleo e 13,4 mkgf com o combustível vegetal - ambos a 2.800 rpm.

Consumo? Bom, segundo a Chevrolet, o Meriva 1.4 faz em média 13,5 km/l (gasolina) e 9,3 km/l (álcool).

DESIGN
Para a tristeza dos que gostam de novidades estéticas, o Meriva teve só algumas discretas alterações. Destaque somente para a nova grade frontal, para o friso metálico na tampa do porta-malas, para os novos grafismos do painel de instrumentos e as lanternas traseiras escurecidas. Suas dimensões são as mesmas.

Motor surpreende na estrada

Para experimentar a principal novidade da linha 2009 do Meriva - o motor 1.4 Econo.Flex -, a GM convidou o Diário para um test-drive de aproximadamente 100 quilômetros por estradas de São Paulo.

Sem novidades impactantes no visual externo, a atração foi embarcar rapidamente no monovolume para buscar as primeiras diferenças do lado de dentro. Sentado no banco do motorista, o primeiro detalhe a chamar a atenção foi o novo grafismo do painel de instrumentos - sóbrio e de fácil visualização.

Outros dois pontos positivos foram a posição de dirigir e a boa qualidade do acabamento, apesar da grande quantidade de plástico.

Mas foi no asfalto que o Meriva 1.4 surpeendeu. Com torque e potência interessantes, mantivemos uma velocidade média de 120 km/h a 3.500 rpm. Nas retomadas, o monovolume mostrou certo vigor. Resta saber se, com o porta-malas cheio, o Meriva vai mostrar a mesma agilidade.

Chevrolet desafia os rivais

Com o Meriva 1.4 Flexpower e a transmissão Easytronic passando a ser de série para toda a linha 1.8, a Chevrolet quer - como não poderia ser diferente - incrementar sua participação entre os monovolumes.

Para isso acontecer, no entanto, é necessário desafiar os dois principais líderes do segmento na atualidade: Honda Fit e Fiat Idea. O primeiro é oferecido em sua versão de entrada LX 1.4 Flex por R$ 47.320. Já o segundo parte de R$ 42.180 (ELX 1.4 Flex).

No acumulado do ano, foram emplacadas 16.827 unidades do Meriva, contra 19.975 do Idea e 27.978 do Fit, segundo números da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

De acordo com Hermann Mahnke, gerente de marketing de produto da Chevrolet, com a nova gama de opções do Meriva 2009, as chances de crescimento se tornam reais.

Sua intenção é alcançar os 30% entre os monovolumes, ultrapassando o Fiat Idea e entrando de vez na briga com o Honda Fit, que passou lá fora por uma reestilização mais significativa que a do Meriva e chegará renovado por aqui em novembro.