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Haverá ação contra desequilíbrio global, diz Tombini
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23/02/2014 | 04:32
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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, entende que o objetivo das 20 maiores economias do mundo de acelerar o crescimento em dois pontos porcentuais nos próximos cinco anos tende a ser atingido com a execução de medidas em três frentes: conjuntural (que inclui políticas acomodatícias de juro), estrutural (com reformas) e de rebalanceamento das economias (que trata de países com desequilíbrio nas contas externas).

"O G-20 trouxe o número sobre o crescimento para focar as mentes em relação ao tema", disse Tombini ao deixar a reunião que aconteceu em um hotel no centro de Sydney. A primeira frente de ação dos países deverá ser conjuntural. Segundo o presidente do BC, países demonstraram que manterão políticas acomodatícias durante o período necessário para ocupar o hiato do produto observado na maioria das economias. "Há desemprego e há baixa utilização da capacidade em algumas economias. A estratégia para ocupar isso é manter o caráter acomodatício das políticas", explica Tombini.

A segunda frente de ação é estrutural. "Temos de fazer crescer também o produto potencial da economia global. Como se faz isso? Com reformas. Então, cada país vai ter o seu conjunto de reformas", disse Tombini, ao citar que alguns têm de realizar ajustes no mercado de trabalho, mercado de produtos ou de serviços. "No caso do Brasil, se vocês olharem o relatório do Fundo Monetário Internacional, isso aponta para a direção da infraestrutura para diminuir os gargalos no lado da oferta. O que é exatamente o que a agenda do governo brasileiro", disse.

Por fim, economias também concordam que é preciso lançar um olhar mais crítico sobre eventual rebalanceamento entre as economias. "Antes da crise, nós tínhamos a ideia dos desequilíbrios internacionais. Ou seja, países com grandes déficits em conta corrente e outros países com grande superávit", disse o presidente do BC. Alguns países como Alemanha e China, por exemplo, são sistematicamente superavitários. "É preciso ver se não é necessário enfatizar reformas estruturais nos grandes países deficitários e nos grandes países superavitários", diz Tombini.




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