A Prefeitura de São Caetano assinou ontem termo de cooperação com o Consulado da Itália em São Paulo para que 15 escolas de Ensino Fundamental da rede municipal possam oferecer, já em 2014, aulas do idioma italiano.

Atualmente, o ensino do italiano é oferecido pelo poder municipal a cerca de 2.100 dos quase 20 mil alunos da rede, nas seis escolas de Ensino Fundamental de tempo integral da cidade, além da Escola Municipal de Idiomas, no bairro Nova Gerty.

O plano de expansão foi apresentado pelo cônsul-geral da Itália em São Paulo, Mauro Marsili, e o diretor escolar do Consulado Geral da Itália no Brasil, Augusto Bellon, em reunião com o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) e lideranças de sua gestão, pela manhã, no Paço Municipal.

Marsili disse que o consulado vê a medida como forma de aproximar ainda mais seu país da cidade, fundada em 1877 por famílias italianas e que até hoje preserva traços da cultura. “É uma oportunidade de transmitirmos nossa tradição e aproximarmos a relação com os moradores.”

Para Pinheiro, independentemente da herança cultural, vale a oportunidade de reforçar o currículo dos alunos locais. “Não é pelo fato de a cidade ser fundada por italianos, mas sim para melhorar a condição dos nossos alunos. Quanto mais idiomas eles souberem falar, melhor preparados estarão para o mercado de trabalho”, disse o prefeito.

A Prefeitura deverá definir até o fim do ano como o ensino do italiano será implantado nas escolas. Segundo o diretor do Programa Educacional e Políticas Públicas de Educação da cidade, André Duarte Stábile, o método de ensino será o mesmo autorizado pelo Ministério da Educação italiano. “Haverá contratação de mais professores e a capacitação dos já existentes na nossa rede”, afirmou.

Solange Rodrigues, 39 anos, é uma das professoras de italiano que atuam na rede e ministra aulas do idioma desde 2007. Moradora da Mooca, bairro da Zona Leste da Capital, aprendeu italiano em 1990 e é responsável por cerca de 200 alunos com idades entre 9 e 11 anos de uma das escolas municipais de tempo integral. “Eles adoram, pois é uma forma de aprender mais sobre sua própria história. A maioria é descendente de italianos e, com as aulas, aproxima-se de suas origens. Não tem jeito, a Itália está no imaginário de todo mundo”, disse.