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Diretores do FBI e CIA vão depor a comissão que investiga 11/9
Da AFP
12/04/2004 | 15:25
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A comissão que investiga os atentados de 11 de setembro vai avaliar na terça e na quarta-feira o trabalho da CIA (serviço de inteligência) e do FBI (polícia federal americana), criticados por não terem impedido os atentados que mataram cerca de três mil pessoas nos Estados Unidos.

Os ex e atuais diretores dos dois órgãos americanos comparecerão em Washington ante os 10 membros - democratas e republicanos - da comissão parlamentar, que entregará seu veredicto em julho. Também serão interrogados o atual ministro da justiça John Ashcroft e sua antecessora Janet Reno.

A investigação avança e as coisas se tornam cada vez mais difíceis para o presidente George W. Bush, acusado pelos democratas e pelo ex-coordenador de antiterrorismo da Casa Branca, Richard Clarke, de não ter atendido às advertências sobre a iminência de um ataque terrorista, que finalmente ocorreu nove meses depois de sua posse.

A conselheira de Bush para segurança nacional, Condoleezza Rice, compareceu quinta-feira passada perante a comissão, e assegurou que o governo não dispunha de informação para se antecipar aos atentados.

No entanto, a pressão da comissão obrigou a Casa Branca a publicar sábado um relatório do FBI entregue a Bush em 6 de agosto de 2001 o qual advertia sobre "atividades suspeitas correspondentes a preparativos para seqüestros de aviões e outros tipos de atentados, inclusive a vigilância de prédios federais em Nova York".

O relatório foi intitulado como ‘Bin Laden está decidido a atacar nos Estados Unidos’.

Por sua vez, Bush se defendeu das críticas no domingo. "Só posso dizer isto: se tivesse sabido, teríamos agido", afirmou a jornalistas.

Mas um dos principais integrantes da comissão, o democrata Bob Kerrey, não acha o mesmo. "Duas coisas estão claras para mim neste nível da investigação. A primeira é que o 11 de setembro podia ser evitado, e a segunda é que nossa estratégia atual contra o terrorismo está longe de ser perfeita", assinalou.

"Em particular, nossas táticas militares e políticas no Iraque criam as condições para uma guerra civil e dão à Al Qaeda razões poderosas para recrutar jovens que declaram a jihad (guerra santa) aos Estados Unidos", acrescentou.




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