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Crescimento não gera inflação para o setor

A atividade de material de construção foi justamente uma das que colaboraram para que o desempenho do varejo não fosse tão ruim

Por Cláudio Conz
18/04/2013 | 00:00
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Recentemente estive avaliando alguns números e acredito que uma análise criteriosa pode revelar resultados positivos para o comércio de materiais de construção, apesar de todas as críticas negativas que temos ouvido no que diz respeito à inflação. Para a inflação no acumulado do ano de 2,05%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o setor teve variação de 7,8% em fevereiro e, nos últimos 12 meses, de 7,4%.

A atividade de material de construção foi justamente uma das que colaboraram para que o desempenho do varejo não fosse tão ruim, pois apresentou variação positiva de 0,7% para o volume de vendas em relação a janeiro, sendo uma das quatro - entre as dez atividades pesquisadas - que apresentaram crescimento. Quando comparado com fevereiro de 2012, o volume de vendas variou 4,4%. No ano, a variação foi de 7,8%, e nos últimos 12 meses, de 7,4%.

No que diz respeito a materiais de construção, podemos fazer algumas comparações interessantes, se considerarmos outros indicadores. Os últimos dados do Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil), calculado pelo IBGE em parceria com a Caixa, revelaram uma variação de 0,18% no mês de março, ficando 0,55% abaixo da taxa de fevereiro (0,73%). Neste ano, considerando os meses de janeiro a março, a alta está em 1,10%, contra 1,21% no mesmo período de 2012. Em março do ano passado, o índice ficou em 0,31%.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em fevereiro fechou em R$ 863,46, passou para R$ 865,03 no mês de março. Deste valor, R$ 457,60 são relativos aos materiais e R$ 407,43 à mão de obra. A parcela dos materiais apresentou variação de 0,22%, caindo 0,11 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,33%). A mão de obra registrou variação de 0,14%, caindo 1,04 ponto percentual em relação a fevereiro (1,18%). Nos três primeiros meses do ano os acumulados são 0,84%(materiais) e 1,39% (mão de obra), enquanto em 12 meses ficaram em 2,50%(materiais) e 9,20% (mão de obra).

Ou seja, a inflação para materiais de construção no período pode ser considerada metade da média geral de inflação. Mesmo assim, tivemos crescimento de 0,7%. Trata-se de uma oportunidade para nosso setor, cujo crescimento não está causando inflação. Como integrante do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), esta é uma questão que pretendemos estudar para que outros segmentos também consigam atingir nosso desempenho.




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