A Rússia ainda não sabe informar se o comboio foi atacado por forças iraquianas ou pela coalizão dos Estados Unidos e Grã-Bretanha. O Comando Central das forças americanas (Centcom) afirma estar investigando o incidente, mas adiantou que o ataque ao comboio russo aconteceu em uma região controlada pelo regime iraquiano. Segundo o Centcom, "informações preliminares" indicam que as forças aliadas não estavam nos arredores.

Horas antes, o general Vincent Brooks, em sua entrevista coletiva diária concedida no Comando Central do Catar, afirmou que os Estados Unidos sabiam do movimento do comboio em direção à Síria e que tinham planos de oferecer proteção. Ele também informou que os russos seguiram viagem mesmo após o incidente.

O Pentágono vai investigar o ataque. Para falar sobre o caso o secretário de Estado do Estados Unidos, Colin Powell, ligou para seu colega em Moscou, Igor Ivanov. O subchefe do Estado Maior conjunto americano, general Peter Pace, afirmou neste domingo que não há nenhuma informação que confirme o envolvimento das forças anglo-americanas no ataque. "No entanto, temos que fazer investigações. Nenhuma unidade da coalizão na área fez contato" com o comboio, declarou à rede de TV americana CNN.

O oficial precisou que os responsáveis americanos haviam sido advertidos de que o comboio abandonaria Bagdá. "A mensagem foi transmitida a nossas tropas no terreno", assegurou. "Tudo o que podemos dizer no momento é que eles passaram sem problemas pelas posições das forças da coalizão", acrescentou.

Por seu lado, a conselheira do presidente Bush para a segurança nacional Condoleezza Rice, que chegou a Moscou neste domingo, devia falar sobre este ataque com as autoridades russas, especialmente com o presidente Vladimir Putin, segundo uma autoridade. Segundo um jornalista russo que acompanhava o comboio, os veículos foram atingidos pelo fogo cruzado entre as forças iraquianas e americanas.

Com agências