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G7 afirma ter 'sérias preocupações' com a Argentina
Por Do Diário OnLine
Com Agências
20/04/2002 | 15:20
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O Grupo dos Sete (G7), composto pelos países mais industrializados do mundo, tem "sérias preocupações" com o estado da economia argentina, afirmou neste sábado o secretário do Tesouro americano, Paul O'Neill. A preocupação foi confirmada após a reunião dos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G7, em Washington. Numa nota oficial divulgada neste sábado, o G7 fala em "sérias preocupações" com o país sul-americano.

O risco de contaminação da crise argentina na América do Sul também não foi descartada. "A recuperação dos países emergentes pode se ver desafiada por um desenvolvimento adverso na Argentina", estimou o ministro das Finanças da França, Laurent Fabius.

"A situação está longe de estar estabilizada e todos os países latino-americanos ainda podem sofrer com a forte desvalorização do peso argentino", estimou Fabius.

Fabius acrescentou que "a resistência do sistema bancário argentino permanece fragilizada". Segundo ele, o G7 tem "o dever coletivo de ajudar a Argentina a resolver esta crise mediante uma facilitação do diálogo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), sempre que as autoridades locais estiverem dispostas a cumprir suas promessas".

O comunicado do G7 exorta a Argentina a realizar as reformas necessárias e elogia o trabalho do país com o Fundo Monetário Internacional. "As reformas fiscais que abranjam as províncias, o estabelecimento de uma âncora monetária e a melhora das leis de Quebra e Subversão Econômica ajudarão a restaurar o investimento e o crescimento, aumentando assim a qualidade de vida dos argentinos", destaca o comunicado. "Portanto, apoiamos o FMI e o trabalho que está fazendo com a Argentina", acrescentou.

A Argentina está quebrada e sem crédito. O país arrasta uma recessão há 46 meses, com cerca de 50% da população vivendo na pobreza. O desemprego atinge 22% da classe trabalhadora.

O FMI organizou em dezembro de 2000 um empréstimo internacional de US$ 40 bilhões para a Argentina, para o qual contribuiu com US$ 13,7 bilhões. Em agosto de 2001, somou US$ 8 bilhões ao pacote, mas interrompeu os desembolsos ao país em dezembro de 2001, alegando que a nação precisava de um programa econômico sustentável e crível para recuperar o crescimento.




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