Acostumado a ocupar a maioria dos holofotes no futsal, o ala Falcão comanda o Brasil no amistoso de amanhã contra a Ucrânia, no Ginásio Poliesportivo de São Bernardo (10h). Maior astro da modalidade em atividade no País, está pronto para ampliar ainda mais as sonoras marcas da carreira.

Com 302 gols pela equipe verde-amarela, o ídolo tem certeza que se tornará o maior goleador de todas as seleções brasileiras. "O Nenê (do futebol de areia) tem 336 gols, mas não perde por esperar", ele diz. "Se mantiver a boa média dos últimos anos, logo vou ultrapassá-lo. Esses números são importantes para motivar atletas mais vividos, como é meu caso", completa.

Falcão vislumbra que os anos na Seleção de futsal serão encerrados após a disputa do Mundial do próximo ano, na Tailândia.

Para ele, a renovação de craques deve acontecer com naturalidade, mas alerta os aspirantes para as responsabilidades. "Para ser ídolo de verdade, não é fácil. Tem de saber fazer a diferença. A base do Brasil é muito boa e a nova geração tem de pedir passagem. É assim que funcionam as coisas em todos os esportes", avalia.

A nova fase como jogador do Santos também foi ressaltada pelo ala. Falcão foi só elogios ao novo projeto e às quebras de barreiras entre as quadras e os campos. "É muito gratificante ver o Neymar, o Elano e até o Muricy Ramalho nos jogos do nosso time. Sempre houve esse hiato entre os clubes de camisa. Mas no Santos tudo parece diferente. Aumenta a reponsabilidade, mas aumenta também o prazer de jogar", conta.

Sobre a possibilidade inusitada de voltar a se arriscar no futebol de campo (Falcão teve passagem discreta pela Portguesa e São Paulo), foi enfático. "Não vejo mais essa possibilidade e sou muito bem resolvido quanto a isso. Voltei para o futsal por opção própria, achei que ainda tinha muito para mostrar. Graças a este esporte tenho meus patrocinadores pessoais e carreira acima da média", afirma.