Bagnariolli afirmou que a idéia é que o empreendimento fique pronto até julho. Ele não quis informar qual o investimento da empresa e quantos empregos serão gerados. “Só a empresa pode informar esses dados. Eu me comprometi a não divulgá-los”, disse. Em nota oficial, a Cosipa informou que “em breve divulgará o assunto em conjunto com a Prefeitura”.

“Trata-se de um projeto de revitalização da ferrovia para cargas. Será um centro de distribuição e controle que vai captar tudo o que vem do Porto de Santos e despachar para o resto do Brasil, com controle informatizado”, disse o secretário.

Ele acrescentou que o centro irá estimular a vinda de novas indústrias, além de fortalecer as que já estão em Santo André. “É um projeto que se propõe a criar uma redução considerável no custo de logística das empresas que hoje precisam operar com o apoio do Porto de Santos e outros. Além disso, a idéia é estimular uma integração ferroviária entre os produtores de matéria-prima, como Paulínia, Recap (Refinaria de Capuava) e o Pólo Petroquímico da nossa região.”

Para Bagnariolli, o pólo de logística vai estimular a vinda de novos negócios. O centro envolve uma área da Cosipa situada na avenida dos Estados (onde atualmente há um terminal de armazenamento de combustíveis), além de mais um terreno ao lado, adquirido pela empresa. “A Cosipa está investindo e a Prefeitura está apoiando, criando condições concretas para que esse empreendimento seja instalado”, disse, sem entrar em detalhes.

De acordo com o secretário, serão construídos no terreno galpões para armazenagem. “A maior parte deles é moderna, portátil. Tem uma parte de infra-estrutura que é necessária ter no projeto. Já começou o movimento de terra na área.”

Parcerias – A instalação do Centro Integrado de Logística envolve parcerias, segundo o secretário. Ele citou a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). “São grandes empresas envolvidas na implementação. Elas estão querendo montar um sistema de transporte ferroviário porque, no Brasil, foi liberado para grupos estrangeiros operarem na área de logística. Elas estão querendo criar um concorrente nacional, o que é muito bom”, disse.

Ele acrescentou que serão três centros de logística: um em Hortolândia/Paulínia, um em Santo André e outro em São José dos Campos. “Serão três centros integrados de logística iniciais aqui no Brasil, sendo um deles na nossa região. Então, a gente acha que isso vai ser um enorme estímulo para as indústrias que estão aqui e que resolveram investir na área de logística. Também será interessante para empresas que querem vir e que hoje estão mal-localizadas.”

A projeção é que o centro de logística esteja concluído em julho. “É uma obra relativamente simples, porque consiste em galpões pré-montados, tipo contêineres e armazéns”, prevê Bagnariolli.