Foi-se o tempo em que mulher precisava de quotas para participar do processo político-eleitoral brasileiro. Pelo menos no PSDC de Santo André, grupo de sete representantes do sexo feminino deverá assumir nos próximos dias a executiva do partido. A mudança no comando era vontade da própria legenda, e a arquiteta Glaucya Taraskevicius foi a escolhida para o posto. O convite partiu do presidente nacional do PSDC, José Maria Eymael, que esteve segunda-feira na cidade para oficializar a proposta. “Participava de algumas programações políticas, e conheci o Eymael, que me fez o convite”, recorda a nova democrata-cristã.

Glaucya considera discriminatório o sistema de quotas para que os partidos reservem 30% das candidaturas às mulheres. “Tudo tem de acontecer naturalmente, como nas demais áreas. O problema é que não vemos mulheres atuando na política”, afirma a arquiteta, que lamenta o fato de o Grande ABC ter pouca representação feminina nos poderes Executivo e Legislativo. “Não é um discurso feminista, mas não temos nenhuma prefeita na região”, destaca.

As candidaturas para as eleições de 2006 também estão na pauta de discussões do PSDC. Porém, ainda não foi definida a quantidade de concorrentes e as possíveis coligações. Alguns nomes já estão sendo avaliados pelo partido, como o da artesã Ednéia Ferreira Rodrigues, que deverá disputar vaga na Assembléia Legislativa. A plataforma eleitoral será específica para atender às necessidades da mulher, principalmente na área de saúde.

Ednéia também deverá assumir a primeira vice-presidência do PSDC, e terá como companheiras na executiva municipal a socióloga Edna Ortolan, como segunda vice-presidente, a universitária Heloisa Silva, como primeira tesoureira; a assessora de imprensa Marisa Tofanelli, como primeira secretária; a recepcionista Priscila Paiva, como secretária geral; e a universitária Angela Rodrigues de Oliveira Sandre, como tesoureira geral.